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29/04/2019 às 08:37 | Atualizada: 29/04/2019 às 11:02

Prefeito é preso em flagrante ao receber propina de R$ 8 mil; Câmara investiga outros crimes

Luana Valentim

O prefeito de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues Carvalho (PP), foi preso em flagrante nesse sábado (27), pela Polícia Federal, por supostamente receber propina no valor de R$ 8 mil de uma empresária.

Agnaldo é acusado de extorquir empresários, recebendo indevidamente a vantagem de 10% sobre contratos de prestadoras de serviço ao município.

Segundo informações, a empresária dona da Rondomaq Motterle fez uma 'armadilha' para que a PF prendesse o gestor municipal em flagrante. Para isso, ela contou com a ajuda do delegado Flori Junior que já vinha investigando Agnaldo, inclusive, por escutas telefônicas.

A empresária relatou que o prefeito estava exigindo valores indevidos para executar uma obra de aproximadamente R$ 4 milhões com recursos federais, de creche, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), pontes e quadras esportivas.

O valor entregue ao prefeito estava digitalizado pela PF para confirmar o recebimento. Essa não era a primeira vez que a empresária repassava propina ao gestor.

Agnaldo, porém, negou as informações dizendo que estava apenas recebendo a devolução de um empréstimo. Por não conseguir provar a transação, ele acabou sendo preso e encaminhado para a sede da PF de Ji-Paraná, em Rondônia.

A Câmara Municipal de Rondolândia ainda não recebeu oficialmente as informações quanto a motivação da prisão do prefeito. No entanto, uma fonte confirmou ao Leiagora que ele foi detido em frente ao Executivo Municipal.
 
A expectativa é de que essas informações cheguem ao Legislativo entre a noite desta segunda-feira (29) e a manhã desta terça-feira (30).
 
Conforme a fonte, a Câmara Municipal já havia recebido denúncias de algumas empresas envolvidas e os vereadores estavam investigando o caso. Além da Rondomaq, há aproximadamente mais três empresas envolvidas no caso, sendo do ramo de lavagem de carros e ônibus, e de matérias pedagógicos.
 
A empresa lavagem de veículos pertence a um vereador da cidade – que ainda está em pleno funcionamento – e um lavador acabou fazendo a denúncia da extorsão.
 
Outros Crimes
 
Segundo a fonte, o prefeito também é investigado em um esquema que desviou cerca de 30 mil litros de combustível da Secretaria Municipal de Obras, inclusive, o secretário da pasta acabou sendo exonerado.
 
O prefeito já havia sido afastado do cargo no dia 11 de fevereiro de 2019, pela suposta prática de ‘mensalinho’ a vereadores. Na época, ele chegou a ter suas contas bloqueadas no valor de R$ 100 mil, mas a pena acabou sendo revertida pela desembargadora do Tribunal de Justiça, Helena Maria Bezerra Ramos no dia 27 de fevereiro.
 
 
Com informações do VG notícias
 
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