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08/05/2019 às 11:30 | Atualizada: 08/05/2019 às 11:41

'Eu acredito nas Forças Armadas', diz Bolsonaro em meio a crise com militares

Leiagora

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a cerimônia do Dia da Vitória na Segunda Guerra nesta quarta-feira, no Rio, (8) para elogiar as Forças Armadas em meio ao conflito entre militares e a ala ideológica do governo. Ao mesmo tempo, porém, defendeu que "cada um faça o seu papel".

"Eu acredito nas Forças Armadas brasileiras. Nós acreditamos no povo brasileiro. E, juntos, poderemos fazer um Brasil diferente do que nos foi legado nos últimos anos. Porque nós, o povo, podemos sim comandar e cada um cumprir o seu papel tem como norte simplesmente o exemplo", afirmou Bolsonaro, no evento no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra, na zona sul do Rio de Janeiro.

"Esse é o nosso governo. Queremos sim, pelo exemplo governar o nosso Brasil e ao lado de pessoas de bem, patriotas que têm na alma as cores verde e amarela, colocar o Brasil no local de destaque que ele merece", declarou o presidente.

As críticas do escritor Olavo de Carvalho se repetem há semanas contra generais da reserva que integram o governo, com foco no vice-presidente, Hamilton Mourão, e no ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).

Além disso, o escritor foi acompanhado nos ataques pelo filho de Bolsonaro responsável por suas redes sociais, o vereador carioca Carlos (PSC).

Bolsonaro tem tentado amainar a crise, mas não houve um enquadramento incisivo da ala olavista pelo presidente.

Assim, o Alto Comando do Exército deu seu recado por meio do ex-comandante Eduardo Villas Bôas. Na segunda, o general da reserva criticou Olavo na sua conta no Twitter, o chamando de "Trótski de direita", em referência ao líder revolucionário soviético.

Isso ocorreu após Santos Cruz quase deixar o governo no fim de semana, após queixar-se com o presidente de campanha virtual de olavistas.

Só que Bolsonaro dobrou a aposta na manhã de terça (7), postando também no Twitter um desagravo ao escritor, que chamou de "ícone". "Continuo admirando o Olavo. Quanto aos desentendimentos ora públicos contra os militares."

Direto do Rio de Janeiro, Italo Nogueira / Folhapress
 
 
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