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30/05/2019 às 15:42

Pesquisadores orientam sobre adubação equilibrada em sistema de produção soja-milho

Bruno Bortolozo

Começou hoje e vai até o dia 6 de junho em Nova Mutum e Sapezal, o Fundação MT em Campo. Um dos assuntos que será abordado durante o é o manejo responsável dos nutrientes das plantas nos sistemas de produção soja-milho.

Os produtores vão presenciar, na prática, o quanto é importante adotar estratégias de adubação para esse sistema de produção.

Serão apresentadas várias opções de adubação com diferentes doses de cada nutriente tanto para cultura da soja, como para do milho safrinha. Os agricultores têm a oportunidade de observar o volume da produção de grãos no período de seis anos, em cada uma das estratégias montadas, conforme explica o pesquisador da Fundação de apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, Fábio Ono.

“Mostramos os resultados de produtividades obtidos ao longo dos anos e o balanço de nutrientes para as opções de adubação. Teremos caso de um balanço negativo, caso de um balanço neutro e caso de um balanço positivo”

Os técnicos apresentarão resultados das safras anteriores e o comportamento da soja e do milho em cada adubação. Serão mostrados toda a falta de fertilizantes desde fósforo e potássio, até chegar as doses mais altas, que ultrapassam as necessidade que são recomendadas, como conta o consultor técnico, Francisco Cunha.

“Poderemos discutir o resultado consolidado das seis safras de soja e cinco de milho, com avaliação da produção e financeira e quais as situações mais indicadas para o manejo da adubação de soja-milho.”

A ideia é que os participantes fiquem conscientizados de que adubações abaixo do ideal fazem com que haja perda de produtividade e de nutrientes do solo. No entanto adubações acima daquilo que é considerado o ideal, também não gera perda de receita, já que não há melhora de rendimento das lavouras. Por isso é preciso equilíbrio.

 “Se o solo é considerado de “fertilidade construída” e argiloso, as doses de nutrientes utilizadas podem ser a da exportação (adubar pensando na quantidade de nutrientes que serão exportadas via grão), porém, tem que pensar no sistema como o todo (nesse caso soja/milho safrinha) e não apenas adubar focando os nutrientes exportados apenas na cultura principal, pois ambas as culturas estarão exportando nutrientes e se o balanço for negativo, ao longo do tempo, ocorrerá perda de produtividade. Se ocorrer o inverso, adubações muito elevadas (acima da necessária), o resultado financeiro será negativo, pois as produtividades das culturas não são lineares com o aumento das doses de fertilizantes”, explica Ono.
 
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