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10/06/2019 às 16:03

'Recebi com surpresa a condenação, não sou homofóbico', alega Galli

Luana Valentim

O ex-deputado federal, Victório Galli (PSL), alegou nesta segunda-feira (10), que recebeu com muita surpresa a notícia da condenação para pagar R$ 100 mil por ter cometido crime de homofobia. A declaração foi feita à Rádio Capital FM.
 
Galli destacou que esperava um pedido de audiência para que a juíza pudesse ouvir a ele e a seus advogados, mas isso não ocorreu. Após a condenação, o ex-deputado solicitou a Justiça gratuita.
 
“Pedi a Justiça gratuita porque não estou mais no mandato e o meu salário liquido hoje é de R$ 1,8 mil como assessor. Então está tudo comprometido com a minha família. Se puder ser gratuito para mim é bom, afinal é um direito que todos podem pedir, agora se não puder temos como parcelar também, não tem problema”, disse.
 
Galli disse que espera ser ouvido pela juíza, uma vez que foi dada a decisão sem que isso ocorresse.
 
O ex-parlamentar negou ser homofóbico, afirmando que apenas pontuou que atrás dos desenhos da Disney há mensagens subliminares, precisando respeitar a inocência da criança.
 
“Parece que fiz uma premonição, porque hoje a Disney está laçando desenhos de crianças e adolescentes como gays. Então a gente tem que tomar cuidado naquilo que a criança está assistindo, inclusive, eu acho que todo pai e mãe devem conhecer quem é o professor de seus filhos na escola, ir nas reuniões e saber como está o andamento, pois a maior herança que temos nessa vida são os nossos filhos”, frisou.
 
Galli ainda completou que não há denúncias contra ele em nenhuma delegacia do país por crime de homofobia. Pontuando que tem eleitores e sobrinhos gays, destacando que é contra a manifestações onde as ‘lésbicas mostram os seios nas ruas’, assim como os ‘gays terem o crucifixo introduzido no ânus’, considerando que estes atos retratam a apologia.
 
A defesa de Galli, o advogado Rachid Jaudi, alegou que a situação do ex-parlamentar se complicou, pois seus antigos advogados aos invés de rebaterem as acusações de homofobia, apenas alegaram que ele fez uso da liberdade de expressão.
 
“Para piorar a situação do deputado, os advogados perderam o prazo. Então quando o juiz dá uma sentença, você tem por obrigação concordar ou discordar, podendo entrar com a medida de embargos para questionar o fato de o cliente não ter sido ouvido. Mas ao perder o prazo, o processo transitou em julgado”, explicou.
 
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