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11/06/2019 às 09:34 | Atualizada: 11/06/2019 às 09:52

Milho e soja podem ser trocados por algodão em MT

Fernanda Leite

Produtor de milho da região de Juscimeira (159,4 km da Capital), Jorge Diego Giacomelli, neste ano decidiu arriscar-se, mudando o plantio do milho para algodão. O motivo, segundo ele, seria por causa do retorno financeiro que o algodão gera.

“Algodão, em teoria, tem remunerado melhor, mas tem uma série de obstáculos. O custo é alto, tem que ter solo específico, o produtor tem que estar inteirado do mercado, tem que ter uma algodoeira próxima e outros.  O algodão traz muito retorno, mas as chances de quebrar um produtor por causa dos riscos é maior”, disse Jorge, que é coordenador da Comissão de Defesa Agrícola, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Ele reclamou dos preços da saca do milho e define o mercado como uma incógnita. “Este ano está pior. R$ 2 reais mais baixo do que o ano passado. O mercado está uma incógnita, pois existe o distúrbio climático nos EUA e eles estão fechando a janela do plantio de milho deles e pode ser que reverta aos nossos preços internos. Porém nossa safra está em 65%, comercializa e poucos irão aproveitar essa onda”, conta.

Outro motivo que pode ter levado o produtor de milho a ‘testar’ o plantio de algodão, foi quanto à taxação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A classe tentou reverter a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), por meio de protestos, mas o chefe do executivo está irredutível quanto à medida.

“Esperávamos que o governador não iria mudar de decisão, mas esperando que a Assembleia Legislativa nos ajude a mudar essa realidade”, concluiu.  
 
 
 
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