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11/06/2019 às 17:27

Neurilan defende participação dos municípios na Reforma da Previdência

Luana Valentim

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, informou que entregou o pedido para que os municípios permaneçam dentro da Reforma da Previdência nas mãos do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), na última quarta-feira (5), em Brasília.

Neurilan também disse que conversou com o relator da Reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP) e com o presidente da Comissão, Marcelo Ramos (PL-AM).

“Até porque são mais de 5,5 mil municípios em um prazo muito pequeno para poder estar discutindo as reformas nas suas bases. Mais da metade dos municípios é pelo regime geral e 2 mil e poucos é por regime próprio”, explicou em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (11).

O presidente da AMM explicou também que 70% dos funcionários municipais são divididos entre regime próprio e geral. Considerando ser uma confusão tremenda que criará uma dificuldade sem precedentes nas discussões com os municípios.

Por essas razões, ele defende que os municípios fiquem dentro da reforma em geral. Mas explica que existe alguns deputados que não querem isso, alegando os desgastes que isso poderia provocar perante as suas bases eleitorais.

Neurilan destacou que conseguiu perceber, durante a reunião com dezenas de deputados em um café da manhã na Confederação Nacional dos Municípios, que o deputado que lidera esse movimento tem um problema pessoal com o governo do seu estado.

“Foi o discurso de alguns deputados federais, de que é uma questão pessoal e que os estados do Nordeste não podem dominar a Confederação Nacional. Mas para todo efeito, eu estou acreditando que os municípios ficarão na reforma, pois não tem outro caminho e isso vai terminar virando uma bomba-relógio que vai cair depois no colo do Governo Federal”, disse.

O presidente ressaltou que há pontos sendo discutidos no Congresso Nacional que vão sofrer algumas alterações, mas é preciso apoiar a Reforma da Previdência como uma questão ‘Sine qua non’ para o Brasil mudar de rumo.

“Se os líderes municipais estão defendendo as bases, quais os desgastes que esses deputados terão? E outra, se foi eleito para ser deputado, tem que ter o ônus e o bônus. Então vai enfrentar o desgaste, mas é bom para o Brasil”, disparou.
 
 
 
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