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12/06/2019 às 16:49

Com exportações de carne para a China suspensas, Imea pede cautela para o momento atual em MT

Bruno Bortolozo

Com a suspensão temporária das exportações de carne para a China após o caso de “vaca louca” atípico em Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) pede cautela ao setor.

Isso porque mesmo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) tendo declarado que os riscos ao país são insignificantes, as vendas para o país asiático foram suspensas, de forma temporária, pelo Ministério da Agricultura.

“De acordo com a Secex (secretaria de Comércio Exterior), em 2019 a média mensal das exportações de carne em Equivalente Carcaça (EC) para o mercado chinês (China + Hong Kong, entreposto da China) foi de 7,94 mil TEC (toneladas equivalente de carcaça) , um faturamento médio de US$ 22,99 milhões” disse o Imea.

Ainda conforme os economistas do instituto, até a pausa nas vendas, os chineses estavam recebendo a carne mato-grossense em ritmo acelerado depois da peste suína ter afetado o país.

“Para se ter uma ideia, Mato Grosso exportou 39,69 mil TEC e US$ 114,96 milhões em 2019, com o maior volume em maio, de 3,46 mil TEC somente para a China! Como a China e Hong Kong representam cerca de 25,78% das exportações de Mato Grosso, a perda deste significativo cliente pode impactar, acarretando, além do menor faturamento e visibilidade com o mercado internacional, aumento na oferta doméstica e pressão nos preços da cadeia. O momento pede cautela.”

As negociações do mercado de reposição de Mato Grosso também acabaram afetadas com o caso de “vaca louca” atípico no estado, no entanto não fez crescer a relação de troca boi/bezerro, que caiu 1,34% e ficou em 1,68 cabeça.
 
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