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28/07/2019 às 09:18 | Atualizada: 28/07/2019 às 09:25

Pesquisa aponta que Cuiabá está entre as capitais com maior número de obesos

Luzia Araújo

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontou que Cuiabá está entre as capitais que concentram o maior número de adultos obesos. Além disso, a capital mato-grossense também abriga o menor número de pessoas, acima dos 18 anos, que são inativas fisicamente.

A frequência de adultos com excesso de peso variou entre 47,2% em São Luís e 60,7% em  Cuiabá.  As  maiores  frequências  de  excesso  de  peso  foram  observadas,  entre  homens,  em  Porto  Alegre  (66,7%),  Rio  Branco  (65,2%)  e  Cuiabá  (65,1%)  e,  entre  mulheres, no Rio de Janeiro (58,4%), em Manaus (56,8%) e em São Paulo e Cuiabá (56,6%). 

As  menores  frequências  de  excesso  de  peso,  entre  homens,  ocorreram  em  Teresina (49,3%), São Luís (49,6%) e Curitiba (53,0%) e, entre mulheres, em Palmas (44,1%), São Luís (45,2%) e Florianópolis (46,0%).

Os resultados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, que apontou que a obesidade voltou a crescer no Brasil. Veja a pesquisa na integra aqui.

Sobre esse índice, houve aumento de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. O Brasil nos últimos três anos apresentava taxa estáveis da doença. Desde 2015, a prevalência de obesidade se manteve em 18,9%.

Em 2018, os dados também apontaram que o crescimento da obesidade foi maior entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente. Apesar de o excesso de peso ser mais comum entre os homens, em 2018, as mulheres apresentaram obesidade ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos homens,18,7%.

O Vigitel também registrou crescimento considerável de excesso de peso entre a população brasileira. No Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006.

O aumento da prevalência foi maior entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres 40%.

Na contramão do aumento dos percentuais de obesidade e excesso de peso, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 15,5% entre 2008 e 2018, passando de 20% para 23,1%. A prática de atividade física no tempo livre também aumentou 25,7% (2009 a 2018), assim como o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 53,4% (de 2007 a 2018), entre os adultos das capitais.

Também ao informar que receberam o diagnóstico médico de diabetes (40%), entre 2006 e 2018, os entrevistados demonstraram ter maior conhecimento sobre sua saúde, o que os motivaram a buscar os serviços de saúde, na Atenção Primária, receber o diagnóstico e iniciar o tratamento.

"Nós temos um aumento maior da obesidade em decorrência do consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, de alto teor de gordura e açúcar. Então, o incentivo ao consumo de hortaliça entre as crianças e os adultos é fundamental. Está acontecendo uma mudança de comportamento, de paradigma importante no Brasil. E também, compete a nós, a gestão, ampliarmos o incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis e também promover a economia local, com o consumo de hortaliças.  Quanto mais próximo de casa eu compro o alimento, mais saudável ele é, e mais fresco eu vou consumi-lo", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC). Por meio dele, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.

O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Assim, entre fevereiro e dezembro de 2018, foram entrevistados por telefone 52.395 pessoas.

Com informações do MInistério da Saúde

 
 
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