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31/07/2019 às 19:06 | Atualizada: 01/08/2019 às 13:37

Marido se diz arrependido e confessa que matou esposa desaparecida há 25 anos

Leiagora

Um homem de 64 anos, identificado como Jairo Nacísico da Silva, de 64 anos, procurou a Polícia Civil de Sinop para confessar um crime que cometeu há 24 anos. Segundo a polícia, ele assumiu que matou a esposa dele, Luzineide Leal, de 28 anos, considerada desaparecida desde 1994.  

De acordo com o delegado Ugo Reck, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, o homem afirmou que matou a vítima com golpes de uma barra de ferro na cabeça enquanto ela dormia. O corpo teria sido enterrado no banheiro da casa, que fica no bairro Jardim das Palmeiras. “Alguns parentes dela estavam na casa no dia, mas ninguém ouviu nada porque foi de madrugada, provavelmente a casa deve ter um tamanho razoável e como ele matou ela em cima da cama, praticamente não fez barulho. Ele estava construindo um banheiro, no quarto, possivelmente foi ali que enterrou o corpo.”, contou o delegado.

A motivação para o crime seria ciúmes, contou Reck. “Ele tinha ciúmes porque ela gostava de festas, de sair, alguma coisa nesse sentido.”

Depois de enterrar o corpo, o suspeito foi até a delegacia do município e registrou um boletim de ocorrência informando que a mulher fugiu de casa. “Conseguimos localizar nos arquivos o boletim original escrito a mão, onde ele narra um desaparecimento e cita que a esposa teria fugido com um amante e que não teria conhecimento para onde ela teria ido. Mentiu esses anos todos para os filhos. Ele teve uma filha com ela de 5 anos e tinha um só dela de 8 anos”, detalhou Ugo.

Ainda conforme a polícia o imóvel foi vendido na época do crime e o atual dono confirmou que realmente fez a compra da casa. Agora os policiais buscarão uma autorização judicial para começar a escavar o local onde possivelmente está o corpo.

Sobre o motivo de ter confessado o homicídio após 24 anos, Jairo teria dito ao delegado que teria ficado arrependido. “Foi justamente porque a consciência dele teria pesado e confessou. Falamos que demorou bastante para pesar. Não sei se ele foi orientado que possivelmente teria prescrito o crime de homicídio. Não duvido disso, não justifica o crime, infelizmente lamentável. No entanto, como já tem mais de 20 anos, o prazo de prescrição penal máximo é de 20 anos. Como tem quase 25 anos, acho que a chance desse homicídio estar prescrito é bem grande. No meu entendimento o crime de ocultação de cadáver ainda restaria para ser apurado. Porque seria um crime permanente. Como só agora esse corpo vai ser identificado, que ainda não localizamos, entendo que pelo menos pela ocultação ainda pode responder”, finalizou o delegado.

O suspeito, após ser ouvido, foi liberado pela polícia.
 
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