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13/08/2019 às 15:04 | Atualizada: 13/08/2019 às 16:32

‘Estão querendo me eleger a prefeito’, ironiza Abílio sobre pedido de cassação

Luana Valentim

O vereador Abílio Brunini (PSC) disse, nesta terça-feira (13), que, pelo fato de a Mesa Diretora da Câmara Municipal representar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), há possibilidade de ser aceito o pedido de cassação. E que, com isso, a Casa estará criando instrumentos para que ele seja eleito o próximo prefeito de Cuiabá, apesar de não ser a sua intenção ainda, por estar estudando sobre o assunto.

“Se isso acontecer, espero que esses vereadores cortem as suas mamatas na teta da Prefeitura”, disparou.

O Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Município de Cuiabá entrou, em maio, com uma representação na Câmara pedindo a cassação do mandato de Abílio alegando a falta de decoro parlamentar.

O pedido foi formalizado após ele ter tentado ‘fiscalizar’ uma obra de reforma e ampliação na residência do prefeito. Ele havia recebido uma denúncia de que havia irregularidades na obra.

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“É uma representação, de certa forma, irônica, já que foi representada pelo sindicato, onde o presidente é irmão do secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, é o Paulo Henrique suplente de vereador. Toda a característica política que poderia ter nessa representação está implícita”, avaliou.

Abílio destacou que a representação não tem provas ou fatos, sendo um argumento furado onde o próprio delegado da 2ª Delegacia do Carumbé, Edson Arthur Teixeira Peixoto, entendeu que não há evidências de que ele tenha entrado na casa do prefeito. ‘É uma mentira que estão tentando pregar na sociedade’.

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O parlamentar disse estar aguardando ser convocado pela Comissão de Ética da Câmara Municipal para poder prestar os devidos esclarecimentos.

“Essa representação não poderia nem ser aceita, mas como o Misael Galvão – presidente da Câmara – já foi líder do prefeito aqui na Casa e a gente sabe que é uma situação política muito clara, não vejo o porquê não”, frisou.

Abílio salientou que o presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB), não instaurou um Processo Administrativo Disciplinar quando o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) o agrediu e foi dar uma ‘porrada’ em seu colega de Parlamento Dilemário Alencar (Prós). Além de outros parlamentares que partiram para atos de violência.

No entanto, por estar tirando fotos em frente à casa do prefeito foi aberta uma representação contra ele, avaliando ser uma atitude totalmente política e furada.

“Não vai levar a lugar nenhum. Ao contrário do Emanuel Pinheiro, eu me defendo com a verdade e a mostro. Não vou fazer como ele, no caso do paletó, que ficou enrolando. Só tenho que mostrar a prova, que é o resultado do boletim de ocorrência, onde o segurança do prefeito é servidor da Prefeitura e estava trabalhando na casa dele, isso é ilegal. Ele roubou o meu celular, isso é ilegal”, disse.

Para ele, essa representação tem ‘do dedo ao cotovelo’ do prefeito por ser totalmente política sem provas. “Gostaria que tornasse essa representação pública, assim iriam ver que quem a escreveu sequer sabe fazer uma representação contra um vereador. Ela não deveria sequer ser aceita, mas com interesse de queimar o vereador Abílio, eles fazem essas coisas”.
 
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