A digital influencer e esposa do ex-deputado federal, Adilton Sachetti, Lidiane Campos, acusada de atropelar e matar uma criança de três anos, no último domingo (11), alegou em depoimento à Polícia Judiciária Civil (PJC), na manhã desta quarta-feira (14), que não viu a motocicleta, na qual Daniel Augusto Silva estava e, por desespero, deixou o local após a colisão. 

Acompanhada do seu advogado, Lidiane chegou na 1ª Delegacia de Polícia, por volta das 10 horas, para contar a sua versão sobre o acidente, que matou Daniel e deixou feridos o pai e a madrasta da criança.  Ela foi ouvida pela delegada, Ludmila Zorzetti Vendramel. Em depoimento, entre outras informações, Lidiane relatou o seu trajeto, alegou que, ao chegar no local do acidente, não visualizou a motocicleta. 

A digital influencer relatou ainda que após a colisão ficou desnorteada e, no desespero, entrou na contramão da via e, em seguida, amedrontada, abandonou o veículo. Lidiane afirmou que, após os fatos, sua família procurou as vítimas, para prestar auxílio. 

A delegada Ludmila disse que as investigações continuam, bem como os policiais civis analisarão as imagens do acidente capturadas pelas câmeras, entre outros depoimentos e diligências. Por enquanto, a Polícia Civil apura o crime de natureza: homicídio culposo na direção de veículo automotor, com aumento de pena pela omissão de socorro (possível indiciamento da acusada). Após o depoimento, Lidiane foi liberada por já ter encerrado o período de flagrante.

A colisão aconteceu no cruzamento das avenidas 15 de Novembro e Tiradentes, no último domingo (11). A criança estava em uma motocicleta com o seu pai e sua madrasta, quando foram atingidos pela caminhonete de Lidiane. 

Após o acidente, ela fugiu sem prestar socorro às vítimas. A suspeita é que Lidiane tenha invadido a via preferencial. Daniel chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional de Rondonópolis. 

Segundo o esposo e ex-deputado federal, Adilton Sachetti, sua mulher se assustou e deixou o local do acidente, mas teria voltado depois e populares a ameaçaram. 

“Ela se assustou na hora, saiu e depois voltou. Quando voltou, ela recebeu ameaças. Teve um início de tumulto e linchamento. Aí alguém trouxe ela para casa, mas imediatamente corremos lá para dar assistência às vítimas”, destacou Sachetti. 

De acordo com o pai de Daniel, Marcos Souza da Costa, de 30 anos, ele e sua família voltavam de uma tarde de comemorações pelo Dia dos Pais, quando foram atingidos pela caminhonete de Lidiane. Ele deseja que a justiça seja feita, mesmo sabendo que seu filho não voltará. “Eu só quero justiça, apesar de saber que meu filho não vai mais voltar. Quero que ela pague por todos os seus atos”, afirmou Marcos.