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29/08/2019 às 16:12 | Atualizada: 29/08/2019 às 18:29

​Junior Mendonça confirma laranjas em postos e deve citar nomes à CPI - veja vídeo

Luana Valentim e Fernanda Leite

O empresário Junior Mendonça disse durante a Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal realizada nesta quinta-feira (29), que acredita que há alguns postos de combustíveis sendo administrados por laranjas na capital.
 
Junior é proprietário de 25 postos de combustíveis em Cuiabá e foi convidado para comparecer a comissão nesta quinta. Ele acredita que pelos números que há de postos no mercado, há possibilidade de estarem sendo administrados por laranjas que vendem produtos adulterados e com uma série de ilegalidades.
 
“Algumas coisas acabam chegando para mim. Alguns postos estão sendo usado por laranjas, pode ser por ordem do PCC ou outros. Mas acredito que o foco está em algumas distribuidoras. Dentro do estado, tem empresas aqui que se instalam com liminar do recolhimento do ICMS, COFINS até que sejam cassadas e fazem uso de outros CNPJs”, frisou.
 
O empresário explicou que é necessário obter licenças estaduais da Secretaria do Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Prefeituras e um registro que só pode ser feito caso tenha um número da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
 
Junior disse que os postos estão em nome proprietário antigos e fazendo compras de produtos sem procedência, o que atrapalha o setor.

O presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB) cita que o maior dono de rede de combustível da região metropolitana de Cuiabá, Júnior Mendonça, trouxe fatos novos à CPI e confirma a existência de sonegação de impostos  no valor de meio bilhão ao ano.
 
“Junior Mendonça tem 10% de todos os postos de Cuiabá e Várzea Grande, e havia sobre ele uma série de dúvidas. Esse crescimento rápido, se ele deslocava dinheiro de outros grupos para sua rede de postos. Se conhece laranjas no setor. O empresário confirmou que são meio bilhão em sonegação só no setor de combustível em Mato Grosso. O maior dono de postos de combustíveis da região metropolitana da capital confirma que o estado perde 500 milhões por anos, assim como havia relevado o presidente Sindpetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), o empresário. Ele comentou das distribuidoras. Vamos visitar usinas e produtoras de álcool”, avisou o parlamentar.

Delação Ararath 

O empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, (o ‘Júnior Mendonça’), ficou famoso após ter feito uma delação premiada em 2014, que deflagrou a Operação Ararath, da Polícia Federal.

O depoimento do empresário atingiu diversas autoridades em Mato Grosso, inclusive o ex-ministro da Agricultura e ex-senador Blairo Maggi (PP), ex-governador Silval Barbosa, deputados estaduais e outras autoridades.

Consta na  denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), que o empresário atuava com ‘bancos clandestinos’ ou factoring para emprestar dinheiro e financiar campanhas para políticos e recebia os pagamentos com dinheiro público supostamente desviados.
 
 
 
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