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03/09/2019 às 15:48

Quadrilha de estelionatários formada por presidiários é desarticulada

Leigora

Uma quadrilha de estelionatários formada por presidiários foi desarticulada na manhã desta terça-feira (03.09), no município de Rondonópolis (212 km ao Sul), na operação “Falsários de Net”. Na ação foram cumpridos 17 mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão. 

A operação foi  deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (AM) com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Rondonópolis/MT e o Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra).

As ordens de prisão e busca e apreensão foram decretadas pela Justiça da Comarca de Manaus (AM). Todos os mandados de prisão foram expedidos pelos crimes de estelionato e organização criminosa contra 16 detentos que se encontram presos na mesma cela da Penitenciária Major Eldo Sá Correia (Mata Grande),  em Rondonópolis.

A 17º pessoa procurada é a esposa de um dos reeducandos. Ela foi presa pelos policiais civis, em casa, localizada no bairro Dom Osório.  

Durante buscas na cela dos suspeitos, foram apreendidos 76 chips, 3 celulares, 6 porções de maconha e 28 cadernos com anotações. Na casa da suspeita, os policiais apreenderam um veículo Golf, uma motocicleta e mais de R$ 1,1 mil em dinheiro.

As investigações da Polícia Civil do Amazonas, conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) de Manaus, apontam que os suspeitos praticavam golpes de estelionato, por meio de aplicativo de celular “WhatsApp”, e fizeram vítimas em  vários Estados, incluindo o Amazonas.

Segundo a investigação, nos últimos dois anos, foram registrados mais de 200 ocorrências, desse tipo de crime cometido pela mesma quadrilha somente no Distrito Federal (DF). Ainda segundo a investigação, o suspeito nunca aparecia, somente enviava mensagens de texto e áudios para as vítimas.

O golpe acontecia quando o comprador (vítima), interessado pelo preço, entrava em contato com o estelionatário, o qual age como intermediário do vendedor. O golpista, então, afirma para o proprietário do veículo que o comprador (vítima) tem uma dívida com ele.

A mesma versão era apresentada ao comprador (cliente), falando que o dono do carro tinha uma dívida com ele (golpista). A mentira é contada porque logo em seguida o estelionatário solicita para ambos não falarem de valores, quando a pessoa interessada na compra for fazer vistoriar o veículo.

Depois de negócio fechado, o estelionatário, fazendo o papel de intermediador, informa ao comprador a conta bancária para depósito, e solicita que o depósito seja feito rapidamente.

O golpe foi descoberto, após um comprador perceber que o depósito não havia sido realizado em nome do verdadeiro vendedor, e sim de uma terceira pessoa que seria integrante da quadrilha de estelionatário.

Com informações da PJC/MT
 
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