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07/09/2019 às 14:47 | Atualizada: 07/09/2019 às 16:00

Oposição alega que Cuiabá virou indústria da multa após ter PL vetada na Câmara

Luana Valentim

A Câmara Municipal manteve o veto, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (05), do projeto de lei de autoria dos vereadores de Cuiabá Dilemário Alencar (Pros) e Diego Guimarães (PP) que trata da obrigatoriedade de temporizadores nos semáforos. O Parlamento alegou que não é necessário se criar uma lei para isso, podendo a Prefeitura regularizar esta situação.

“O que nos entristece é a incoerência de alguns vereadores, porque um projeto com o mesmo texto foi aprovado a poucos dias na Câmara Municipal. Ele é enviado para o prefeito sancionar ou vetar. O prefeito deu um parecer, sendo uma decisão completamente política, veta o nosso projeto, ao voltar nessa Casa, os mesmos vereadores que falaram que o projeto era bom, constitucional e deveria ser aprovado em Cuiabá, agora mantém o veto sob orientação do líder do prefeito, o vereador Luís Claudio”, disse Diego.

Para o parlamentar, o veto só foi mantido por ser de sua autoria junto com Dilemário – ambos fazem parte do grupo de oposição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Casa –, alegando que se fosse de um vereador da base não tem dúvidas de que seria aprovado.

Diego destacou que fica a nota de pesar com o veto, afirmando que dentro da Câmara os parlamentares têm que atender os anseios da sociedade e não do prefeito. Ainda alegou que Pinheiro vetou o projeto por politicagem seguido pela Casa.

Dilemário lembrou que Mauro Mendes (DEM) quando foi prefeito de Cuiabá colocou temporizadores em todos os semáforos, principalmente no Centro.

“Veio o prefeito agora Emanuel, gasta R$ 15 milhões com esse semáforo inteligente e não tem o temporizador, de forma que eu e o vereador Diego atendemos os reclames dos condutores de veículos e apresentamos o projeto para obrigar a Prefeitura a colocar o temporizador”, frisou.

O parlamentar disse que de 2017 até junho deste ano, a Prefeitura já arrecadou mais de R$ 100 milhões em multas, ressaltando que o tempo do sinal amarelo é muito rápido não dando tempo passar com o veículo, mesmo dentro da velocidade permitida virando uma indústria da multa.

Dilemário destacou que a maioria dos vereadores, lamentavelmente, não entenderam o reclame da sociedade e ficaram do lado do prefeito.

“O projeto de lei é constitucional sim, tanto que os vereadores que fazem parte da CCJ deram parecer favorável. Além de ter várias capitais com leis aprovadas quanto aos temporizadores. Ou seja, a maioria dos vereadores não votaram porque não quiseram”, pontuou.

O vereador disse que irá apresentar na próxima sessão um projeto de lei que proíbe a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Prefeitura de Cuiabá de aplicarem multas em semáforos que não possuem radar. “Quero ver qual será a desculpa dos vereadores que votaram contra o temporizador em Cuiabá”.
 
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