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09/09/2019 às 15:16 | Atualizada: 10/09/2019 às 08:14

Após 10 anos parada, 2ª etapa do Rodoanel pode levar mais cinco para ficar pronta

Luana Valentim

Após 10 anos parada, as obras do Rodoanel parece que agora terão andamento e esse foi o assunto discutido na audiência pública realizada nesta segunda-feira (09), na qual foi confirmado o valor de R$ 130 milhões para que seja feita a 2ª etapa da obra da via que irá contemplar 17 km interligando Cuiabá e Várzea Grande. No entanto, apesar do otimismo da classe política, a obra ainda terá que ser licitada novamente e deve levar mais cinco anos para ficar pronta. A previsão é que o edital seja lançado até dezembro e as obras iniciem no ano que vem.

A audiência foi realizada na Assembleia Legislativa com representantes da Casa,  Câmara Municipal de Cuiabá, Senado Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).

Para o presidente da AL, Eduardo Botelho (DEM), o Rodoanel irá resolver o problema de trafegabilidade entre Cuiabá e Várzea Grande que hoje causa grande transtorno. Assegurando que os comércios nessa região estavam sendo prejudicados.

“Essa obra já tem recurso assegurado parcialmente do Dnit, há uma parte em conta e outra já assegurada nos orçamentos. Então é uma obra que vai sair do papel. Tem previsão legal de que as obras iniciadas garantam o recurso para continuidade. Essa é uma política do governo Bolsonaro e do Mauro Mendes: iniciou uma obra, tem que ter dinheiro para terminar”, afirmou.

O deputado estadual Paulo Araújo (PP) destacou a primeira etapa do Rodoanel – que liga a estrada de Chapada dos Guimarães até o Sucuri – já foi concluída. Agora a concentração está voltada à segunda etapa da obra.

“No projeto consta que com o tempo será construída uma ponte sobre o Rio Cuiabá, devido ao prolongamento que passa por ele, interligando a região próximo de onde será construído o Fórum e depois volta para o Distrito Industrial”, destacou.  

O deputado afirmou que há a garantia de R$ 130 milhões para a segunda etapa. Ressaltando a sua extrema importância pela questão de acesso sendo mais uma via que interliga Cuiabá a Várzea Grande e para agilizar a trafegabilidade.

Paulo explicou que o trecho também irá interligar importantes bairros sendo os mais populosos de Cuiabá, passando também pelo Coxipó do Ouro, fomentando a questão do turismo. Disse ainda que já conversou com o secretário de Infraestrutura, Marcelo Padeiro, que anunciou prioridade na obra.

“O convenio foi formalizado desde 2010, se arrastando desde então. Tão logo o governador Mauro Mendes tomou posse deu prioridade a retomada dessas obras, pois, logicamente que essas obras macros passaram por um crivo de prioridade da gestão como na discussão do Hospital Júlio Muller, onde o recurso financeiro também foi do Governo Federal aportado ao Governo do Estado há muitos anos”, disse.

A expectativa é de que um novo processo licitatório seja realizado ainda este ano. Além disso, por se tratar de uma obra de valor milionário, espera-se que tenham empresas de todo país participando do certame. Quanto ao prazo para iniciação, Paulo Ataújo disse que por ser um edital complexo é difícil falar de prazo, mas ressaltou que o start inicial é o edital que, após ser lançado, logicamente correrá o prazo do certame licitatório.

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Orlando Machado, explicou que a primeira etapa da obra tinha convênio com a Prefeitura de Cuiabá onde foram efetuados 9 km, após ele foi extinto e as obras foram paradas.

“Em 2014 o Dnit assinou um convênio com a Sinfra e teve esse recurso que foi aportado. O recurso é de 2014 e está à disposição desde aquela época para tocar o empreendimento”, pontuou.

Orlando disse que está analisando junto com o secretário da Sinfra para que o edital saia até dezembro e no ano que vem inicie as obras. Avaliando a importância de realizar a audiência pública para mostrar os problemas e assim fazer os ataques em conjunto neste momento que há uma grande dificuldade de obter recursos. "Acreditando que ela demore cerca de 5 anos para ser finalizada", afirmou.
 
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