Primeira mulher na prefeitura de Água Boa diz que jornada dupla dificulta ingresso na política
Gabriella Arantes
Apesar da participação feminina na política ainda ser baixa e estar distante do patamar da igualdade de gênero, a mulher está cada vez mais conquistando espaço nessa área. Dentre elas, está a primeira vice-prefeita de Água Boa (730 km de Cuiabá), Rejane Garcia (PSDB), e, em entrevista ao Leiagora, ela comenta sobre a representatividade feminina.
Para Rejane, ainda é preciso mais engajamento feminino na vida política. “A mulher precisa se envolver um pouco mais. Mas eu acredito que nós temos essa dificuldade devido ao papel de mãe e a dupla jornada de trabalho”, explicou.
“Percebo um envolvimento crescente da mulher na atuação política, e em Água Boa não é diferente. Eu sou a primeira vice-prefeita na cidade, e vejo que nós temos uma participação muito forte nos dias de hoje”.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), apontou que houve um aumento da representatividade das mulheres na política mato-grossense. Os números passaram de 2,7% nas eleições de 2014 para 12,5% em 2018.
Mesmo com um eleitorado feminino maior, a política ainda é predominante pelos homens. Atualmente, em Mato Grosso, se tem apenas uma mulher na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), a deputada estadual Janaína Riva (MDB).
Já na Câmara dos Deputados somente a professora Rosa Neide (PT) representa as mulheres mato-grossenses. No Senado Federal, o cenário é o mesmo e somente uma mulher ocupa uma cadeira, Selma Arruda (PSL). Já na Câmara de Cuiabá, por exemplo, não há nenhuma vereadora. Na eleição de 2016, 15 mulheres foram eleitas para comandar prefeituras em Mato Grosso, o que representa 9,9% do total de 141 prefeitos do estado.
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