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20/09/2019 às 11:11 | Atualizada: 20/09/2019 às 11:38

‘Depoimento improdutivo e vazio’, critica Dilmar sobre fala de Funaro

Fernanda Leite

Deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), membro da Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal, e um dos autores do pedido para que o depoimento do doleiro Lúcio Funaro fosse à porta fechada avaliou a oitiva como ‘vazia’ e ‘improdutivo’.

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“Não falou nada com nada. Não tem prova de qualquer coisa, e dizia apenas que ‘ficou sabendo’ que os incentivos fiscais em Mato Grosso eram liberados de forma diferentes para as empresas. Neste caso, o conselho é quem delibera quem recebe. Ele não sabe de nada”, criticou.

O democrata disse que o parecer orientativo da Procuradoria do Parlamento quis apenas ‘proteger a delação premiada do doleiro’.

“A Procuradoria deu duas opções, a primeira foi a suspensão por prudência do depoimento por causa da segurança jurídica e a segunda, uma sessão reservada”, contou.

Dilmar não sabe se as demais oitivas serão à porta fechada, mas ele adianta: “caso necessário a Procuradoria da Casa ou os demais membros da CPI solicitarão”, contou.

Funaro ficou conhecido após ser preso na Operação Lava Jato acusado de ser o operador do ex-deputado Eduardo Cunha (RJ) em esquemas de corrupção e de lavagem de dinheiro. Em depoimento à CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social   (BNDES) na Câmara dos Deputados declarou que Joesley, fraudou pagamentos de ICMS em Mato Grosso. O esquema teria ligações com o pagamento de propina a políticos no estado.

O doleiro afirma que Joesley teria poupado o primo mato-grossense Fernando Mendonça em sua delação.

Oitiva fechada

A decisão de uma sessão fechada  foi tomada pela maioria dos membros da comissão. Votaram pela oitiva secreta a deputada Janaína Riva (MDB), acompanhada pelos pares Dilmar Dal Bosco (DEM) e Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD). Santos foi voto vencido.

Os parlamentares resolveram acatar recomendação posta em parecer exarado pela Procuradoria-Geral da Casa, que foi representada na reunião pelo procurador-geral adjunto Ricardo Riva e pelo também procurador Carlos Dornellas.
 
 
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