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23/09/2019 às 17:12 | Atualizada: 24/09/2019 às 10:48

‘Amaggi sempre pagou Fethab’, rebate presidente sobre denúncias de petista

Fernanda Leite

Presidente do Grupo Amaggi, Judynei Carvalho, prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a suspeita de sonegação de impostos e renúncias fiscais indevidas em Mato Grosso, nesta segunda-feira (23) e garantiu que a empresa sempre pagou o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), assim como demais tributos federais, estaduais e municipais.

“Não é verdade que a Amaggi não paga Fethab, nos últimos 5 anos a empresa pagou aproximadamente R$ 358 milhões, e desde o quando Fethab foi instituído.  Em 2019, até agora R$ 125 milhões, 2018 foram R$ 104 milhões, 2017 foram pagos R$ 84 milhões e em 2016 R$ 35 milhões. De 2018 pra cá mais de meio bilhão de Fethab”, relatou.

Conforme o presidente da CPI, deputado Wilson Santos (PSDB), a comissão está em busca da informação dada pelo deputado Ludio Cabral (PT), que há alguns dias usou a tribuna da Assembleia Legislativa para criticar a empresa do ex-ministro Blairo Maggi (PP). 

Ao ser indagado quanto às acusações do petista, Judynei alega que a política de comunicação da empresa não é de ficar rebatendo na imprensa, mas deixar que os órgãos fiscalizadores verifiquem in loco que não existe qualquer irregularidade na empresa.

Outra denúncia feita pelo petista foi quanto ao comprar soja, milho e algodão, o grupo empresarial desconta o Fethab e não repassa ao Estado. “A gente tem obrigação de repassar ao Estado, é bastante triste essa colocação, é absurda e não tem o menor cabimento, isso é crime. Amaggi é uma empresa bastante fiscalizada em todos os níveis, principalmente estadual. E pode ter certeza, se ocorresse alguma coisa nesse sentido teríamos problemas lá atrás”, criticou.

Conforme o presidente, a empresa cresce cerca de 15% a 20% ao ano e tem R$ 22 bilhões em faturamento anual, sendo a maior do ramo em âmbito nacional. Ao ser questionado pelo deputado Wilson Santos sobre a empresa possuir sede em paraísos fiscais, como nas Ilhas Virgens Britânicas, o executivo confirmou a existência de uma empresa na região, porém, afirmou ser legalizada. 

“Para operacionalizar, a empresa tem paraísos fiscais. O setor inteiro, não é a Amaggi. Assim que o setor funciona. Não se trata de parada do dinheiro. Você exporta mercadoria para essa empresa, que exporta para o comprador final e esse dinheiro vem. É mais uma forma de você ter flexibilidade na operação. É algo bastante técnico”, defendeu. 
 
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