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07/10/2019 às 18:07

Ex-cabo condenado a 100 anos de prisão foge do quartel da Rotam

Maisa Martinelli

Alvo da Operação Mercenários, o ex-cabo da Polícia Militar, Helbert de França Silva, fugiu do quartel da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) nesse último domingo (6), em Cuiabá. Ele foi condenado a 100 anos de prisão por ter participado de um suposto grupo de extermínio.

Equipes da Polícia Militar realizaram rondas nas instalações internas e ao redor da Rotam, além de endereços de parentes e outros locais em que o acusado poderia estar. Todavia, o homem não foi localizado.

De acordo com informações preliminares, o ocorrido foi formalizado na Primeira Vara Criminal de Cuiabá, nesta segunda-feira (07).

O ex-cabo havia sido expulso da Polícia Militar em ato público realizado na semana passada, e estava retido na unidade da Rotam por determinação judicial proferida após a defesa do réu ter interposto recurso.

O Leiagora entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar, que confirmou que foi instaurada uma sindicância pelo comando do Batalhão Rotam, para investigar fuga do acusado. A Corregedoria Geral da PMMT também irá acompanhar o caso.

Entenda o caso
 
A ‘Operação Mercenários’ foi deflagrada para investigar um suposto grupo de extermínio. Dezessete pessoas, acusadas de fazerem parte da organização criminosa, foram presas, entre elas seis policiais militares e seis vigilantes. Eles são acusados de ter envolvimento em pelo menos cinco assassinatos entre março e abril de 2016.

Os mandados de prisão foram cumpridos, em sua maioria, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, que seria o local onde ocorreram diversos crimes com modo de atuação semelhante. De acordo com as investigações, os crimes são praticados por homens encapuzados, dentro de veículos, que chegavam atirando. Homens de 18 a 25 anos, que possuem passagens pela polícia, são as principais vítimas do grupo.

Já na segunda fase da operação, que é um desdobramento das investigações, foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 3 buscas domiciliares e 2 conduções coercitivas. Dez pessoas, dentre as quais quatro são militares, tiveram mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande
 
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