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08/10/2019 às 07:45 | Atualizada: 08/10/2019 às 16:51

Desembargador aposentado teria cobrado R$ 1 milhão para não cassar Riva

Fernanda Leite

Na proposta de uma suposta colaboração premiada direcionada ao Ministério Público Estadual (MPE), o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, teria citado que pagou R$1,1 milhão ao desembargador aposentado, Evandro Stabile, para que fosse dividido entre os membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para  não ter o seu mandato cassado.

“Quanto ao valor repassado por XXXXXX ao ex-desembargador Evandro Stabile no montante de R$1.100.000,00 (um milhão e cem mil reais), esclarece o colaborador que, segundo XXXXXX lhe informou à época, tanto ele quanto XXXXXX teriam disponibilizados esses valores ao membro do TRE a fim de que seu mandato não fosse cassado pela Justiça Eleitoral. A propina destinada ao Desembargador do TJMT teria sido entregue através do Sr. XXXXX”, consta em trecho documento, que vem com alguns nomes e valores substituídos por X. 

O ex- desembargador foi preso pela primeira vez em 2016 acusado de vender sentença no TRE. A corrupção no judiciário do Estado foi alvo de investigações da Polícia Federal e deu origem a  Operação Asafe, deflagrada em 2010.
 
Stábile foi condenado com base em interceptações telefônicas, por ter cobrado propina para manter um prefeito no cargo. No ano passado ele foi condenado a cumprir prisão em regime fechado pela prática de corrupção passiva em negociação de sentença. 

Em uma proposta de delação premiada, o ex-presidente da AL teria relatado como funcionava diversos esquemas de corrupção no Parlamento desde 1995. A proposta de delação é direcionada  à procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Garco), com data do dia 27 de março deste ano.
 
 
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