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18/10/2019 às 08:16

'Imagem da Câmara nunca esteve queimada', defende Misael

Luana Valentim

O presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PSB) defendeu nessa quinta-feira (17), a continuação dos trabalhos feitos pela primeira formação da CPI do Paletó instalada na Casa onde contava com a participação dos vereadores Mario Nadaf e Adevair Cabral. Ainda negou que essa ‘guerra’ judicial possa vir a queimar a imagem da Câmara.

A alegação de Misael é o fato de que o material adquirido com as investigações e depoimentos já foram compartilhados com o Ministério Público, não fazendo sentido ignorar o que já foi colhido para iniciar do zero.

“O nosso papel é defender o Parlamento Municipal e existia alguns questionamentos. Temos aqui uma procuradoria que desde o primeiro momento nos orientou a fazer o recurso, assim sendo feito. Agora a decisão saiu, mas sempre defendi que o trabalho da CPI já foi feito e compartilhados com o Ministério Público”, frisou.

O parlamentar destacou que o recurso acatado pela desembargadora do Tribunal de Justiça Helena Maria é em defesa do Parlamento.  Afirmando que o requerimento para a abertura da CPI do Paletó não foi assinado por nove vereadores, mas por vários.

Analisando que o regimento interno diz que os vereadores que assinaram o documento antes de protocolar em Plenário, tem legitimidade. Explicando que as nove assinaturas foram apresentadas no protocolo geral, porém, para a Câmara o que vale é o protocolo junto a primeira secretaria.

“Então quando foi protocolado, vários vereadores haviam assinado, inclusive eu. Então esse é um dos questionamentos, por exemplo, quando o juiz determinou que era nove, a CPI se montou. Mas se for contar teriam apenas sete. Então há vários questionamentos que a gente colocou e a Justiça reparou e atendeu para que o Parlamento respeitasse o regimento e a Lei Orgânica”, pontuou.

Misael negou que esteja agindo de forma eleitoreira visando uma possível candidatura a vice-prefeito junto ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), afirmando que agiu com imparcialidade. Mas destacou que é natural as reclamações por parte daqueles que estão descontentes com a decisão do TJ.

Questionado se essa ‘guerra’ judicial referente a CPI do Paletó entre travamentos e andamentos dos trabalhos poderia manchar a imagem da Câmara, o presidente disse que a Casa nunca esteve e não ficará queimada.

Vale lembrar que até pouco tempo ao Legislativo Municipal era chamado de 'Câmara dos Horrores', mas a Justiça proibiu o uso do termo. O 'carinhoso apelido' era usado por causa das diversas confusões que ocorreram dentro do Parlamento, onde os vereadores - até hoje assim fazem - não somente discutiam, como partiam para agressões fisicas.
 
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