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31/10/2019 às 13:13 | Atualizada: 31/10/2019 às 13:16

Medeiros quer convocar Bonner e cúpula da Globo para falar da matéria que liga Bolsonaro ao caso Marielle

Alline Marques

O deputado federal José Medeiros (Podemos), vice-líder do governo na Câmara, apresentou requerimento que solicita a convocação da cúpula de diretores da Rede Globo para que sejam ouvidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fake News. O objetivo esclarecer a notícia sobre o Caso Marielle, em que colocou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no centro das investigações referente ao assassinato da vereadora do Rio de Janeiro.

O pedido estende também para a convocação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ele anunciou o pedido em seu instagram e com indignação. “O que vimos essa semana contra @jairmessiasbolsonaro foi a gota d'água. O Brasil não aguenta mais”.  

O pedido de convocação é para que sejam ouvidos Roberto Irineu Marinho, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder, diretor-geral, e William Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional. O parlamentar pretende fazer com que os diretores e Bonner falem sobre os “ataques midiático” e seus “métodos jornalísticos” à CPI.

Na justificativa do pedido, Medeiros diz que “o bom jornalismo produzido pela Rede Globo não é impermeável a falhas humanas” e que os convidados podem detalhar os métodos com os quais produzem suas notícias jornalísticas, “em especial em relação à matéria veiculada na noite de 29 de outubro de 2019 sobre a suposta relação entre os assassinos da vereadora Marielle Franco e o presidente Jair Bolsonaro”.

Na terça-feira (29), reportagem veiculada no Jornal Nacional trouxe a informação de que um porteiro do condomínio onde o presidente tem residência no Rio de Janeiro relatou que um dos acusados teria ido até o local e solicitado que interfonasse à casa do “seu Jair” para autorizar a entrada. Na data do fato, Bolsonaro estava em sessão na Câmara, fato que pode ser comprovado pela ata e presença no painel.

De acordo com o Ministério Público, o porteiro mentiu ou se equivocou. Áudios mostram que a autorização para o ingresso de Élcio Queiroz foi dada por Ronnie Lessa, outro suspeito do crime e também morador do condomínio.
 
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