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01/11/2019 às 11:20 | Atualizada: 01/11/2019 às 11:20

AL convoca secretários para esclarecer rumos do VLT

Alline Marques

Dez meses de gestão e nenhuma solução foi apresentada para o Veículo Leve sobre Trilhos. Nesta sexta-feira (1º) o governo Federal prorrogou o prazo para conclusão do estudo sobre a viabilidade do modal por mais 120 dias. Diante da falta de informação, o deputado Wilson Santos apresentou requerimento para conovacação de autoridades estaduais a comparecer no dia 11 de novembro, às 8h30, para prestar esclarecimento sobre o VLT. 

O grupo de trabalho formado por representantes da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e do governo do Estado está ativo desde julho. No entanto, até o momento não chegaram a um conclusão. 

O parlamentar convocou para explicação os secretários Rogério Gallo (Fazenda) e Marcelo Oliveira (Infraestrutura e Logística), o Controlador Geral do Estado ,Emerson Hideky Hayashida, o chefe do escritório de representação de Mato Grosso em Brasília, Carlos Fávaro, e o procurador do Estado Lucas Schiwinden Dallamico. Ainda foi convidado a comparecer algum representante da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana vinculada ao governo federal.

A decisão do parlamentar de cobrar esclarecimentos públicos se deve as declarações do governador Mauro Mendes (DEM) de que precisaria de um ano de mandato para tomar uma decisão a respeito do VLT. Dez meses já se passaram. 

O modal de transporte foi planejado no período anterior a participação de Cuiabá na Copa do Mundo de 2014 e deveria ter ficado pronto em abril daquele ano, no entanto, cinco anos depois, a obra segue paralisada. Durante a gestão de Pedro Taques (PSDB) foram realizadas auditorias que constataram superfaturamento e irregularidades. O processo acabou judicializado e todas as tentativas de acordos junto ao consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande acabaram frustradas. 

Orçado inicialmente em R$ 1,4 bilhão, já foram gastos mais de R$ 500 mil com a aquisição dos vagões ainda em 2013, na gestão de Silval Barbosa. Atualmente, estão completamente abandonados, expostos a chuva e sol, e muito provavelmente, nem poderão ser aproveitados, isso se é que o VLT será concluído. 

Desde à época da escolha do modal, discute-se sobre a viabilidade do VLT para Cuiabá. A princípio a alegação para justifica sob trilhos, ao invés do corredor de ônibus (BRT), seria menor impacto para desapropriação. No entanto, no final, em delação premiada, Silval revelou que se tratou de um esquema para recebimento de propina. 
 
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