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06/11/2019 às 14:40 | Atualizada: 12/02/2020 às 11:17

Promotor diz que sem grampos Taques não teria sido eleito

Maisa Martinelli e Luana Valentim

O julgamento dos militares envolvidos no caso de interceptações telefônicas, conhecido como Grampolândia Pantaneira, tem início nesta quarta-feira (6), no Fórum da Comarca de Cuiabá. São réus: coronel Zaqueu Barbosa, coronel Evandro Lesco; coronel Ronelson Barros; tenente-coronel Januário Batista e o cabo Gerson Luiz Correa Junior.

A sessão é conduzida pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Militar.

A audiência começou com quase 1h de atraso, às 14h20. 

19h00 - Acaba a audiência nesta quarta-feira. Ela será retomada nesta quinta-feira, às 8h00.

18h37-  Por fim, a defesa pediu que o tenente-coronel Januário seja absolvido, não por falta de provas, por ausência de crime. Argumenta que não tem uma prova nos autos que fale que o cliente cometeu esses crimes.

"Não lembro de nenhuma testemunha dizer que era dentro do Gaeco. Conivente com as faltas ao trabalho do cabo Gerson em momento algum ele era subordinado ao coronel Januário", disse. 

A advogada conta que a participação do tenente-coronel, que comandava oBatalhão de OPerações Especiais - (Bope), na época, foi atender um pedido do coronel Zaqueu Barbosa em indicar um policial com conhecimento em informática para atendê-lo. Esse policial acabou atuando no escritório clandestino de interceptações telefônicas.

Segundo ela, todo ato foi oficializado e documentado no Diário Oficial do Estado. Ainda, que Januário apenas atendeu a uma ordem de um superior.

"Meu cliente não é louco de não apresentar um militar quando o superior pede" argumenta. 

18h17- Dra. Tenaressa Aparecida Araújo - inicia a defesa do tenente-coronel Januário

18h: Promotor encerra sua explanação.

17h40: Allan rejeita a tese de beneficiar os militares pelo fato de terem colaborado com as investigações.

17h22: Allan menciona que outras pessoas deverão ser punidas pelas interceptações ilegais, citando nomes como ex-governador Pedro Taques e seu primo Paulo Taques.

17h13: Promotor diz que o caso da Grampolândia é ''nojento" e fere a honra da Polícia Militar.

17h12: Exaltado, promotor diz que Justiça Militar tem suas especificidades que devem ser seguidas. "Queira ou não queira, é norma constitucional", afirma Allan.

16h58: O promotor diz que espera uma pena justa aos réus confessos. "Isso é uma coisa assombrosa"

16h48: Pede a absolvição do coronel Januário, por não haver provas sobre sua autoria de atos ilícitos.

16h39: Segundo o promotor, tenente-coronel Januário sabia que o escritório clandestino servia para escutar algumas pessoas, como Muvuca, Janaina Riva, jornalista Larissa do VG News, entre outras.

16h35: Promotor cita a máxima do Direito: in dubio pro reo. Ou seja, em caso de dúvidas, absolve-se o réu. Ele comenta que acredita que Ronelson participou do esquema dos grampos, porém, como não há provas, deve ser absolvido, já que não se pode julgar alguém no "achismo".

16h26: Promotor diz que Zaqueu, Gerson e Lesco são réus confessos, no entanto, há dúvidas em relação a Januário e Ronelson, por isso pede a condenaçao dos três primeiros.

16h23 Cita maior julgamento militar, sendo utilizadas interceptações telefônicas como meio de investigações, com previsão legal no Código Penal Militar, cabendo à Polícia Militar proceder as investigações.

16h13: Promotor faz uma grande pausa procurando apontamentos.

16h10: Promotor cita supostas revelações sobre a vida íntima de Janaina Riva e da opção sexual de Pedro Taques para mencionar a "promiscuidade" com que os acusados fizeram uso dos grampos ilegais.

16h07: Allan menciona o terceiro interrogatório, onde foi abordado assuntos como a 'barriga de aluguel'

15h58: Promotor argumenta que as escutas ilegais eram comandadas pela Casa Militar. Para ele, a interceptação no telefone do jornalista Muvuca se deu porque tratava-se de opositor declarado.

15h43: Promotor destaca que não há foro de prerrogativa em crimes militares. 

15h39: Promotor menciona texto bíblico para dizer que a escolha da Sétima Vara para julgar o caso foi por pura vaidade. 


15h26: Allan narra a denúncia na qual os militares são acusados.

15h21: Promotor diz que houve tentativa de enganar a Justiça, interceptando pessoas que não estavam envolvidas no esquema. Pedro Taques negou a participação nos crimes pediu a suspenção do julgamento.

Allan compara o esquema da Grampolândia com fatos ocorridos no Nordeste e não confirma que os atos ilícitos tiveram início na campanha eleitoral de 2014. Mas não descarta possibilidade de o ex-governador Pedro Taques (PSDB) ter sido eleito por conta do escritório clandestino.

14h46: Promotor Allan do Ó acabou discutindo com o advogado Eurolino Sechinel  dos Reis, que faz a defesa do cabo Gerson,  já no início do julgamento, pois o advogado disse para o promotor não se dirigir ao seu cliente. O promotor então rebate, dizendo que desconhece qualquer legislação que prevê essa proibição.
 
Colaborou Fernanda Leite
 
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