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06/11/2019 às 14:53 | Atualizada: 06/11/2019 às 22:10

Mulher relata sofrer racismo no Grand Toro; donos negam - veja vídeo

Fernanda Leite

Advogada, Ludmilla Soares, acusa o restaurante Grand Toro, localizado na Praça Popular, em Cuiabá, de praticar racismo. Ela relata que foi jantar com uma amiga na noite desta terça-feira (5) no estabelecimento e passou por constrangimento quando um garçom disse ‘baixinho’ próximo ao seu ouvido o valor do prato que ela pediu.

O garçom que foi atendê-las para perguntar se elas iriam comer rodízio de petiscos. Ambas disseram que não. Pouco depois, a amiga foi no banheiro, e sozinha na mesa, o mesmo garçom se aproximou dela e disse baixinho "a costelinha custa R$ 65 reais”.

“Porque não falou do preço quando minha amiga estava na mesa? Porque ela é branca?  Porque o senhor está me dizendo o preço? É a política do restaurante? O gerente veio até a mim e me deu uma explicação esfarrapada, falando que o prato tinha saído do cardápio. Me oferecem rodízio gratuito, mas não quis e sai daquele local. Não quis deixar meu dinheiro naquele lugar”, reclamou.

Ela irá oferecer uma denúncia contra o restaurante.  “Porque estou fazendo isso?  Quer indenização?  Quer destruir o restaurante? De jeito nenhum. O ‘seo’ Zé, a dona Maria quer sentar nesses lugares, mas não se sentam porque podem ser humilhados ou sofrer racismo. E eles não sabem o que fazer. Acham até normal, e não é. É crime e isso tem que acabar. Pelo amor de Deus, estamos em 2019”, lamentou.

Um dos proprietários do local, segundo ela, disse que irá fazer uma retratação pública nas redes sociais do restaurante.  “Pessoas que estavam ao redor presenciaram e não fizeram nada.  É um sentimento de revolta, vergonha e injustiça”, concluiu a mulher.


(15h30 -atualizada)- Outro lado

Um dos proprietários do local, Rodrigo Timoteo, entrou em contato com a reportagem e explicou:

“A cliente foi ao restaurante e pediu uma costelinha com barbecue a lá carte, que não consta no nosso cardápio. Só vendemos no rodízio. E o garçom disse apenas que iria dar um jeito para ela. Por coincidência a companheira dela foi ao banheiro neste momento. Ela se ofendeu na hora. É um procedimento padrão, como o cliente vai consumir o item sem o valor?

 
Lembrando que nosso restaurante tem colaboradores e clientes de todas as raças e classe social. A gente atende todos os nossos clientes da mesma forma. Temos as imagens do circuito interno que mostra o momento em que ela se ofende com a pergunta”, lamentou o proprietário.

Nota de esclarecimento à sociedade 
 
GRAND TORO STEAK HOUSE vem a público esclarecer que atua no ramo de gastronomia há mais de 05 (cinco) anos pautando sua postura no atendimento aos clientes, parceiros, colaboradores e fornecedores de forma humana, ética e responsável;

Esclarece que: “com relação ao episódio veiculado pela advogada Ludmilla Soares nas mídias eletrônicas, sociais e internet na data de 05/11/2019, na qual acusa o restaurante Grand Toro da pratica de racismo que: “em nenhum momento o estabelecimento comercial ofendeu a cliente, mas tão somente reportou à mesma o valor do prato (costelinha ao molho barbecue) que não está mais disponível no cardápio impresso à la carte desde 2018; esclareceu, ainda, à cliente que a “costelinha ao molho barbecue”, pedido solicitado, é oferecido à vontade na modalidade de rodízio por R$ 29,90;

Esclarece que repudia e não pactua com qualquer ato discriminatório e preconceituoso;

Por fim, esclarece aos funcionários, colaboradores, fornecedores, que registrou boletim de ocorrência dos fatos veiculados nas mídias sociais e se coloca à inteira disposição para esclarecimento, reforçando seu compromisso com a ética, harmonia e cordialidade.

Att

Diretoria Grand Toro.

 
 
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