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11/11/2019 às 07:25 | Atualizada: 11/11/2019 às 07:35

Ex-servidora teme perder emprego se for à Câmara denunciar Adevair

Luana Valentim

O vereador Abílio Brunini (PSC) disse que a ex-servidora da Secretaria da Saúde que acusou o também vereador Adevair Cabral (PSDB) de assédio sexual não irá mais na Câmara Municipal por estar com medo de perder o emprego. Pois, segundo ele, a vítima foi orientada por seu superior a não mais falar sobre o caso.

Abílio, porém, garantiu que se ela não for a Casa de Leis, ele mesmo fará a representação na próxima terça-feira (12). Uma vez que possui a gravação da conversa entre eles, copia das imagens que Adevair teria enviado para ela apenas de cuecas.

“Ela está em outro município e eu não tenho imunidade par ir lá dar esse tipo de suporte para ela. Eu posso dar todo o suporte a partir do momento que ela concordar que temos que ir na delegacia buscar qualquer socorro de segurança caso ela se sinta ameaçada. Mas eu não posso dizer que ela está ameaçada”, frisou.

O parlamentar informou que várias outras mulheres o procuraram alegando que também são vitimas de assédio sexual, mas estão com medo de falar pelo fato de Adevair ser um vereador e contar com o apoio do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

Abílio explicou que a ONG Moral não irá entrar com a representação na Câmara, pois necessita que a vítima autorize por meio de uma procuração e por não conter as provas necessárias. A única, no caso, que poderia fazer isso é a própria servidora. “O apoio jurídico fica a partir do momento que ela aceitar, não há como obrigar alguém a receber socorro. Se a pessoa quiser, a gente ajuda”.

O vereador contou que o coordenador da vítima pediu para que ela não falasse mais sobre o caso, pois corre o risco de perder o emprego. Mas destaca que não há como dizer qual o nível de ameaça que ela está sofrendo.
 
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