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10/11/2019 às 19:10 | Atualizada: 10/11/2019 às 19:15

Assassino de engenheira morta com tiro na nuca se entrega à polícia

Alline Marques

O acusado de assassinar a engenheira de 28 anos com um tiro na nuca se entregou no fim da tarde deste domingo (10). Julia Barbosa de Souza foi assassinada na madrugada de sábado em Sorriso. O suspeito foi identificado como Jackson Furlan e se apresentou já junto com seu advogado à polícia, permanecendo em silêncio durante o interrogatório.

Ainda neste domingo, a polícia Civil já havia feito a identificação do proprietário do veículo envolvido no crime, mas não havia divulgado o nome do suspeito para não atrapalhar as investigações. Ele abandou o veículo em um matagal na saída da cidade.

Julia morava no estado do Paraná e tinha ido passar o fim de semana com o namorado, V.G.B.F., em Sorriso. Eles estavam na casa de amigos na noite de sexta para sábado. Por volta de 1h da manhã, o casal passou em uma conveniência para comprar chocolate a pedido da jovem e seguiam para a casa.

O delegado responsável pelo caso, André Ribeiro, comentou em entrevista coletiva na tarde deste domingo, que o acusado cometeu um crime bárbaro e repugnante. Ele reforçou ainda que não houve nenhum motivo que justificasse a agressividade do suspeito. “Não teve discussão, briga de trânsito, nada disso. O vidro da vítima estava o tempo todo fechado”, afirmou.

De acordo com a investigação, a irritação de Jackson Furlan se iniciou porque a vítima transitava em baixa velocidade em uma avenida que sequer permite andar em alta velocidade. O trânsito estava lento no local. O acusado neste momento começa a acelerar atrás do carro do casal. Ao sair da avenida, inicia-se então uma perseguição.

O namorado de Julia no volante tenta de toda forma fugir e até consegue em determinado momento despistar Jackson, que incansavelmente foi atrás. Deu ré e continuou segundo o casal. Já próximo ao hospital 13 de Maio, ele emparelha o carro, abaixa o vidro do passageiro e atira com um revólver calibre 38, atingindo a nuca da engenheira.

Jackson Furlan alegou ser produtor rural, porém, o delegado desconfia e revelou que a camionete, Hilux Branca, utilizada pelo acusado na noite do crime era emprestada. Além disso, o suspeito registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira, alegando que sua residência havia sido furtada, de onde os ladrões teriam levado R$ 60 mil. Fato que também é contestado pelo delegado, já que a residência estava bastante abandonada.

A prisão de Jackson já foi decretada e ele ser encaminhado para o presídio da região.
 
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