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19/11/2019 às 09:21 | Atualizada: 19/11/2019 às 09:28

Para Mendes, PEC paralela não será discutida no Congresso; deputada se diz surpresa

Luana Valentim

O governador Mauro Mendes (DEM) acredita que a PEC paralela que tramita no Senado não irá ser aprovada na Câmara dos Deputados. Em contrapartida, a deputada federal Rosa Neide (PT) destacou que ficou surpresa com a declaração do democrata, pois até o momento não se discutiu ainda este assunto na Casa.

Mendes, em seu discurso no encontro dos prefeitos na Associação dos Municípios Mato-grossenses nessa segunda-feira (19), destacou a importância da reforma da Previdência no país que terá apenas neste ano R$ 300 bilhões de déficit. “Entre o que arrecada e o que se paga, vai faltar R$ 300 bilhões. E o Governo Federal tinha em seu orçamento R$ 30 bilhões para investir em todo o país”.

O democrata pontuou que a reforma da Previdência foi aprovada no Senado no mês passado, mas os estados e municípios ficaram de fora. Ele avalia que isso é uma insanidade com o Brasil já que a previdência em Mato Grosso gasta por mês R$ 115 milhões que sai dos impostos que a população paga. “No Senado tramita a chamada PEC Paralela, mas os rumores que existem lá é de que provavelmente seja aprovado no Senado, mas não será nem apreciado no Congresso Federal e eu disse que não dá para ficar de braços cruzados vendo essas injustiças”.

Mendes elaborou um projeto de reforma da Previdência para Mato Grosso, caso a PEC não seja aprovada. Ela está sendo apreciada pela MT-Prev e depois será encaminhada para a Assembleia Legislativa.

Rosa Neide disse que a Câmara não reuniu ainda para discutir isso, pois os líderes ainda não deram o parecer de que não irá tramitar na Casa. Ela firma estar surpresa com a fala do governador, mas afirma que ele tem razão ao dizer que os prefeitos tinham um certo receio de discutir as questões municipalista no Congresso.

“Eu acredito também que deixar estados e municípios sem discutir, fica uma situação estranha. Acredito que nessa próxima semana o Colégio de Líderes vai tomar uma decisão, mas acredito que aquilo que o Senado aprovou vai sofrer modificações sim na Câmara. Há muitos prejuízos para os funcionários públicos e o Brasil os tratam como se eles fossem o problema, mas eu os vejo como a solução do país”, disparou.
 
 
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