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29/11/2019 às 16:49 | Atualizada: 02/12/2019 às 23:26

Servidora que denunciou compra de votos é 'irmã' de Abílio e não estaria na casa de Juca

Luana Valentim

A novela sobre a possível compra de votos por parte do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para cassar o vereador Abílio Brunini (PSC) parece estar longe de acabar. Conforme informações obtidas pelo Leiagora, a servidora que atua no Hospital São Benedito, Elizabete Maria de Almeida, seria da mesma igreja que o social-cristão.

Segundo Elizabete, Emanuel chegou por volta da meia-noite na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante) com um envelope em mãos. Ele teria oferecido R$ 50 mil e mais 20 cargos comissionados para os vereadores que votassem pela cassação de Abílio. A mulher, inclusive, registrou um boletim de ocorrências na Delegacia da Fazenda na última quarta-feira (27).

Juca informou nesta sexta-feira (29) que já entregou as imagens e a lista de presença da entrada do condomínio onde mora, o Belvedere, em Cuiabá, para os seus advogados que tomarão todas as medidas necessárias.

O parlamentar ainda destacou que, por meio do material apresentado, prova-se que as declarações da servidora são mentirosas. Pois comprova que ela, a sua chefe e o diretor administrativo da Secretaria de Saúde de Cuiabá e suplente de vereador Oseas Machado não estavam na festa realizada na casa do parlamentar.

O material agora será anexado junto ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que está investigando o caso após a Comissão de Ética ter protocolado a notícia crime na última quarta-feira (27).

Oseas destacou que ficou surpreso com as alegações da servidora e negou que esteve na casa de Juca no dia informado pela servidora. “Eu não sei de onde tiraram essa ideia. Só soube da reunião pela mídia, pois não fui convidado. Acho que essa é uma manobra que Abílio está fazendo, inclusive, colocando a Elizabete em uma situação complicada”.

O suplente disse que não sabe dizer se a servidora foi induzida a dar essas declarações, mas acredita que o Gaeco precisa investigar a fundo tudo o que foi dito por ela. Ele ainda pontuou que Elizabete o acusa de tê-la forçado a registrar um boletim contra Abílio. “Fiz um boletim quando ele foi ao hospital São Benedito por estar desrespeitando os funcionários e disse que quem se sentiu ameaçado o denunciasse também, mas não obriguei ninguém”.

Outra acusação da servidora é de que tenham falsificado a sua assinatura ao receber a notificação para comparecer a Câmara como testemunha de acusação no processo de Abílio, mas Oseas não acredita que isso tenha ocorrido alegando que esta pode ser mais uma ‘mentira montada’.

Oseas ressaltou que foi informado que Elizabete é da mesma igreja que o vereador Abílio e destaca que há alguém por trás disso que tem interesse em todo esse processo.
 
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