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05/12/2019 às 15:47 | Atualizada: 05/12/2019 às 16:04

Governo recua de reforma da Previdência ‘temporariamente’ e propõe aumentar alíquota para 14%

Fernanda Leite

O governo do Estado decidiu adiar para o ano que vem as discussões sobre a reforma da Previdência Estadual . A decisão foi tomada em reunião nesta quinta-feira (5) com o Conselho da Previdência de Mato Grosso - MT Prev, que compõe membros do Legislativo, Judiciário, servidores públicos representados pelo Fórum Sindical.  Porém, foi apresentado um projeto de lei complementar (PLC) que prevê o aumento da alíquota, de 11% para 14% dos servidores ativos e inativos.

A decisão quanto a prorrogação seria porque os poderes iriam pressionar o governo por aumento no duodécimo. Conforme o presidente do MT Prev, Elliton Oliveira de Souza, admite que de fato o Executivo terá que discutir o reajuste dos poderes.

“Trouxemos uma PLC e vamos discutir ela primeiro para não deixar o estado na inadimplência. É fato que teremos que fazer ajuste no orçamento, na emenda do Teto dos Gastos, no entanto esse é um recurso com elevação da alíquota vai aumentar a receita e o valor será suficiente para fazer o ajuste dos 14% e esse ajuste volta para o sistema previdenciário, então, ele vai e volta”, disse.

A princípio, conforme ele,  somente o TJ terá ajuste no orçamento, porém, os demais irão. “Vamos sentar com a equipe da Fazenda para analisar os ajustes necessários para ter o valor que vai ser necessário para fazer o ajuste de 14%”, explicou.

O líder Sindical Oscarlino Alves, contou que o recuo do governo seria por causa do aumento dos repasses aos poderes.

“Foi sugerido  a suspensão da reforma e  foi apresentado um projeto de lei para aumentar a alíquota de 3% dos ativos e  de quem recebe a partir de um salário mínimo. É é para contribuir 14%. Em todos os poderes. Os servidores do TCE e da Justiça apresentaram a falta de estudos e foi rechaçado de antemão.  Os poderes são contrários por causa dos impactos dos orçamentos e então seria necessário discutir o duodécimo”, conta o representante dos servidores.

NA próxima segunda-feira (9)  Conselho  irá se reunir para discutir a  PEC que prevê o aumento na  alíquota.  

Estados e municípios têm até 31 de julho de 2020 para se adequarem às novas regras previstas na reforma da Previdência. 

Uma das principais regras é a adquação a  alíquota de contribuição dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. Estados e municípios que não adotarem a tabela progressiva da União devem ter alíquota de, no mínimo, 14%, para não ficarem inadimplentes. 

 
 
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