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14/12/2019 às 08:15 | Atualizada: 14/12/2019 às 08:55

GCCO suspeita que receptadores de produtos agrícolas sejam fazendeiros

Luana Valentim

As investigações da Gerencia de Combate ao Crime Organizado leva a crer que os receptadores dos produtos agrícolas roubados de fazendas pela organização criminosa que foi presa na tarde dessa quinta-feira (12), na Operação 'Fim da Linha' sejam fazendeiros.

O delegado da GCCO Ferdinando Frederico Murta analisou que a primeira parte do trabalho foi tirar de circulação os oito principais suspeitos que estariam executando o roubo dos produtos, são eles: Fernando Serrando de Souza, conhecido como “Gordão”, Moisés Sales da Silva, o “Magrão”, Reinald Sthephanio Arouca de Moura, o “Rinodê”, Márcio Vieira Dias, conhecido como “Mineiro”, José Carlos Oliveira Duarte, o "Perninha" e Bruna Almeida Silva.

Outros dois identificados como Johne Ribeiro da Silva, o “John-John” e Cassiano de Lima Camargo, conhecido como “Cara de Arraia”, morreram durante confronto com a Polícia em outubro, ocasião em que um policial também ficou ferido.

“Todo o material apreendido será analisado agora e o nosso objetivo agora é identificar quem seriam os receptadores. Eu não posso afirmar que tem um fazendeiro por trás dos roubos, mas certamente há grandes fazendeiros responsáveis por receptarem essas mercadorias, pois as cargas são muito grandes cada uma delas custa cerca de R$ 1,5 milhão. Só o que conseguimos recuperar foi quase R$ 2 milhões em produtos, ou seja, imagina isso multiplicado por 11 que é o numero de roubos que conseguimos apontar sendo eles os autores”, pontuou.

Murta avaliou que diante do valor da carga roubada e pelo numero de roubos há alguém ‘grande’ e com muito dinheiro pagando por esses produtos. Para ele, a partir do momento que não há receptadores, acaba-se com esta prática.

O delegado não soube afirmar o valor exato da carga que eles roubaram, mas calcula que seja algo entorno de R$ 5 milhões. A próxima etapa da GCCO será identificar para onde esses produtos estavam sendo levados. O grupo atuou no médio norte do Estado e foi responsável por 25% de roubos de produtos agrícolas.
 
 
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