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17/12/2019 às 09:54

Em duelo de Jesus contra ex-clube, Fla encara Al Hilal para confirmar favoritismo

Leiagora

Na semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Jorge Jesus testará o sucesso do Flamengo diante de outro time que ele próprio montou, o Al Hilal, da Arábia Saudita. O desafio particular do treinador que renovou o futebol no País está marcado para esta terça-feira, às 14h30 (horário de Brasília), no Catar, e carrega o destino da "nação" rubro-negra. Existe grande expectativa para que a equipe chegue à final e busque o bicampeonato após 38 anos.

Caso se classifique, o time brasileiro vai aguardar o vencedor do confronto entre Liverpool e Monterrey, quarta-feira, no mesmo horário.Jesus admitiu que será especial reencontrar os jogadores do último clube que dirigiu antes de vir ao Brasil. O treinador foi o responsável pela formação do elenco e montou a espinha dorsal da equipe. "Ajudei o Al Hilal a formar essa equipe. Hoje, não tenho nada a ver com o Al Hilal, a não ser o carinho dos jogadores. Um deles é o Gomis. E como é o destino. Falamos que iríamos nos encontrar no futebol e nos encontramos", comentou o treinador referindo-se ao francês que classificou o time saudita ao fazer o gol da vitória sobre o Espérance nas quartas de final.

A semifinal é um momento traiçoeiro da competição. Nos últimos anos, vários clubes brasileiros não conseguiram passar por essa antessala. São os casos do Internacional e do Atlético-MG. No ano passado, o River Plate caiu diante do Al Ain. "Estamos vacinados sobre esse assunto. Nosso pensamento está no Al Hilal. Muitos brasileiros ficaram pelo caminho e não podemos repetir o erro. Se passarmos, pensamos na final", afirmou o lateral Rafinha.

Jesus evitou fazer comentários sobre o Liverpool, provável rival numa hipotética rival. Coincidentemente, os ingleses foram os rivais na decisão de 38 anos atrás. "No Brasil, fala-se muito do Liverpool e esquecem que temos um jogo antes. Esquecem por ser um time saudita, não ser da Europa, não sendo muito valorizado", afirmou.

O Flamengo possui um antídoto importante para eventuais momentos críticos no jogo: a experiência europeia. Rafinha e Filipe Luís fizeram suas carreiras praticamente inteiras no Velho Continente. Além dos laterais, Diego Alves e Diego Ribas e o espanhol Pablo Marí, Gerson, Bruno Henrique e Gabriel também estiveram em terras estrangeiras.

O Flamengo chega em alta ao Mundial. Embora irregular em alguns momentos do primeiro semestre, o Flamengo conquistou o título do Campeonato Carioca. Depois, na segunda metade do ano venceu com folga o Campeonato Brasileiro e ainda faturou a Copa Libertadores em uma emocionante decisão contra o River Plate. Ao lado do argentino Jorge Sampaoli, Jesus conseguiu estabelecer um padrão de ofensividade que havia se perdido entre os treinadores no Brasil.

"Seria um presente muito grande coroar essa temporada com esse título", disse Rafinha, campeão mundial com o Bayern de Munique em 2013.

A edição de 2019 do Mundial é a penúltima a ser disputada por sete clubes, pois a Fifa vai alterar o formato de disputa da competição a partir de 2021, com a participação de 24 times. A periodicidade também vai mudar: o torneio será realizado de quatro em quatro anos. Jesus afirma que o torneio vai ficar mais fica difícil conquistá-lo.
Direto de Doha - Estadão Conteúdo
 
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