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23/12/2019 às 15:56 | Atualizada: 23/12/2019 às 16:03

Emanuel cobra resposta da AL sobre uso da Defaz para investigá-lo

Alline Marques

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) informou que ainda aguarda um retorno da Assembleia Legislativa sobre a apuração referente ao uso da estrutura da Delegacia Fazendária para investigar e prejudica-lo e investiga-lo. O fato teria inclusive gerado a remoção de dois delegados: Lindomar Tofoli e Anderson Veiga.  

Emanuel disse que mesmo que seja para dizer que tudo foi um mal-entendido, espera algum retorno. “Quero que se apure porque não há violência maior do que usar o aparato que foi feito para te proteger, para te atingir. Se estão fazendo isso com o prefeito imagina o que não se faria com um cidadão. Espero uma resposta da Assembleia nem que seja dizendo que foi um mal-entendido”, afirmou em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (23).  

Pinheiro protocolou no mês passado uma denúncia na Assembleia solicitando que apurasse o uso do aparato estatal, mas até então não houve retorno. O presidente do Parlamento estadual, Eduardo Botelho (DEM), disse que as informações apresentadas pelo prefeito não haviam provas que respaldasse a abertura de uma investigação na Casa. 
 
No entanto, o deputado Lúdio Cabral (PT) apresentou requerimento para que os dois delegados fossem ouvidos no Legislativo. A expectativa é que isto ocorra ainda em janeiro, apesar do recesso parlamentar. 
 
A pressão aos delegados teria iniciado após uma servidora do município dizer que o prefeito estaria negociando a compra de votos na Câmara para cassar o vereador Abílio e que o fato teria ocorrido em uma festa na casa do Juca do Guaraná. Ocorre que a servidora sequer apresentou provas na Comissão de Ética, ela apenas registrou um boletim de ocorrência. Os vereadores é que comunicaram à Delegacia Fazendária e ao Ministério Público sobre o fato.  

Emanuel disse que foi alertado sobre a pressão do Executivo aos delegados para investiga-lo, tanto que dois seriam transferidos por não ter cedido aos pedidos que viriam da direção da Polícia Civil a mando da Casa Civil. Um dos delegados, Lindomar Tofoli, entrou na justiça para retornar à Delegacia Fazendária e conseguiu uma liminar. Em nove dias, ele foi trocado de delegacia três vezes.
 
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