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13/01/2020 às 09:25 | Atualizada: 13/01/2020 às 09:48

'Cavei a 3ª vaga para ficar igual a todos os Estados e não para Fávaro', diz Mendes

Luana Valentim e Amanda Simeone

O governador Mauro Mendes (DEM) declarou na manhã desta segunda-feira (13), que não irá apoiar ninguém para o Senado no lugar da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), enquanto não houver definição do pleito. No entanto, recentemente já declarou apoio ao social-democrata, inclusive, ingressou com uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal para garantir a representatividade do Estado no Senado.
 
Selma foi cassada por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral e por 6 a 1 pelo Tribunal Superior Eleitoral pelos crimes de caixa 2 e abuso de poder econômico. No entanto, ao Leiagora, a defesa da senadora já declarou que pretende ir ao STF para recorrer da decisão.
 
Mesmo ainda havendo um imbróglio jurídico, vários candidatos vêm colocando o nome a disposição, principalmente, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) que é o autor das ações contra Selma.
 
No mês passado, Mendes declarou que deve manter seu apoio a Fávaro na eleição suplementar. Apesar de dizer que só tomará qualquer decisão quando for definida uma data para o pleito, o governador diz que não vê motivo para mudar o apoio ao social-democrata.
 
Isto porque Fávaro estava na mesma chapa que Mauro na eleição em 2018. Terceiro colocado na eleição, ele perdeu a vaga para Selma Arruda (Podemos), cassada por caixa 2 pelo TSE e Jayme Campos (DEM) com quem dividiu palanque.
 
Na semana passada, o governo de Mato Grosso ingressou com uma ação junto ao STF para garantir a representatividade do Estado no Senado. Em caráter liminar (provisório), foi solicitada a posse do terceiro colocado na disputa ao Senado, ou seja, o ex-vice-governador, aliado político Mendes.
 
Mas agora, Mendes disse que ‘cavou’ a 3ª vaga para ficar igual a todos os Estados, porém, não significa que esteja buscando a vaga para o Fávaro.

"Entrei com uma ação dizendo que Mato Grosso não pode ficar subrepresentado, não pedi pela posse de Fávaro, mas pelo 3º colocado que consequentemente é o ex-vice-governador que foi candidato ao Senado à época. Mato Grosso só é igual a outros Estados no Senado. São Paulo tem 60 deputados federais e nós só temos oito", avaliou.

O democrata ressaltou que Mato Grosso precisa então ter no Senado o equilíbrio previsto pela Constituição de que na Casa da Federação garante a cada Estado, três representantes.

O governador pontuou que ainda é muito cedo para se posicionar diante da eleição suplementar que tem um cenário diferente. Ele acredita que o eleitor está cada dia mais dono de si e que, após o ocorrido em 2018, analisa que todas as eleições serão diferentes.

"Acredito que teremos que pensar muito bem antes de escolher um perfil para apresentar à população. Mas eu só vou me posicionar a respeito do processo eleitoral, assim que o jogo estiver definido, se não eu estaria contribuindo, como governador, com as especulações", disparou.
 
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