Imprimir

Imprimir Notícia

23/01/2020 às 16:18

Reunião debate a organização da cadeia produtiva da borracha em Mato Grosso

Leiagora

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com Associação dos Heveicultores do Estado de Mato Grosso (Ahevea), realizou nesta quarta-feira (22.01) uma reunião com o objetivo de organizar a cadeia produtiva da borracha natural no Estado. O engenheiro florestal da Empaer, Antônio Rocha Vital, comenta que 20 mil famílias cultivam a seringueira em Mato Grosso. O evento foi realizado no Sindicato Rural de Cuiabá, no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro.

De acordo com Rocha, na década de 90, o plantio da seringueira ocupava uma área de 40 mil hectares. Hoje apenas 20 mil hectares são cultivados em mais de 15 municípios do Estado. Ele enfatiza que o grande desafio do cultivo é o preço do quilo da borracha, que está sendo comercializada por R$ 2,35 . Ele considera um preço baixo e esclarece que em outros anos a borracha já chegou a ser comercializada por R$ 4,10 o quilo.

A receita apresentada pelo engenheiro é produzir um produto de qualidade para ganhar bons preços nos mercados e utilizar pequenos centros de agregação de qualidade e valores para produzir o CVP (Cernambi Virgem Prensado) na propriedade. “Além de produzir látex, os seringais ocupam outra posição que é o sequestro de carbono. Uma tonelada de borracha natural seca da seringueira possui aproximadamente 900 kg de carbono”, comenta.

O produtor rural Ricardo Camargo, membro da câmara setorial, possui uma área de 250 hectares de seringueira, localizada no município de Barra do Bugres. Ele fala que a seringueira é a monocultura perene que mais sequestra carbono. Ele explica que depois que a Câmara Setorial da Borracha Natural (CSBN) validou a tecnologia de quantificação do carbono sequestrado pela seringueira em 2016, começaram a procurar como monetizar este carbono.

 
Direto da redação, Rosana Persona | Empaer-MT
 
 Imprimir