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09/02/2020 às 11:07 | Atualizada: 10/02/2020 às 08:43

Em ano com duas eleições, deputados ‘fogem’ de projetos polêmicos

Camilla Zeni

Parece que deputados da Assembleia Legislativa não querem se indispor nem com o governo e nem com a população, diante de um ano marcado por duas eleições.

Projetos de grande relevância e que geram intensos debates, como a Reforma da Previdência e o Cota Zero, vão sendo empurrados até que não haja escapatória nos prazos legais. 

No caso da previdência, o prazo estipulado pelo Governo Federal para aprovação das medidas estaduais termina no fim de julho. No caso do Cota Zero, não se sabe.

O projeto prevê a proibição da pesca e transporte de peixes nos rios de Mato Grosso pelos próximos dois anos e tem gerado debates acalorados desde que foi ventilado.

Recentemente o líder do governo na Assembleia, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), pediu a elaboração de um estudo sobre os impactos e a necessidade do projeto (o que o governo já deveria ter enviado pronto, aliás). Isso, segundo o presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), vai atrasar a análise da matéria. O que é conveniente, afinal evita o desgaste com a população.

Em entrevista à imprensa nessa semana, o presidente do Parlamento garantiu que não haveria possibilidades do projeto ser votado sem o resultado final do estudo. Contudo, a análise sequer teria começado.

E se normalmente deputados estaduais costumam esvaziar o plenário para não votar projetos importantes, com a primeira campanha eleitoral começando em março, e a segunda em agosto, aí é que não deve haver quórum para votação mesmo.

Já a reforma da Previdência não tem como fugir. Os parlamentares têm que votar.

No entanto, espera-se novamente sessões tumultuadas como no fim do ano e em janeiro deste ano. E aí é possível que alguns os parlamentares mudem de lado para evitar desgaste com servidores que representam uma boa parcela do eleitorado. 
 
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