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07/02/2020 às 12:22 | Atualizada: 07/02/2020 às 12:27

Niuan diz que partido confia em Selma e 'não dá bola' para acusações

Camilla Zeni

Presidente do Podemos em Cuiabá, Niuan Ribeiro, quer ver a união do partido e disse que não acredita nas acusações de Hélio Silva (o Papa Corrupto) contra a senadora cassada Selma Arruda.  

Nesta semana, um escândalo interno do partido ganhou a mídia depois que a senadora chamou o colega do partido de "canalha". O motivo foi uma representação de Hélio contra Selma, que pode, inclusive, resultar na expulsão dela.

Selma foi acusada de ter apoiado o pré-candidato de outro partido, na corrida pela vaga deixada por ela no Senado. Trata-se de Otaviano Pivetta, do PDT - antigo partido de Hélio Silva.

Em uma longa mensagem deixada ao partido, Selma afirmou que "nunca disse que apoiava o Pivetta, muito menos praticaria infidelidade partidária". Ao Leiagora, Niuan disse acreditar na palavra de Selma, e lembrou que o partido a acolheu quando ela passava por uma situação complicada na antiga legenda, o PSL.

Conforme o presidente do Podemos municipal, a representação contra Selma está sendo analisada pelo Conselho de Ética do partido, que vai analisar se a denúncia deve ser aceita ou não. "Eu prefiro acreditar nela. Não sei o que ele juntou na representação de fato, se juntou provas, mas prefiro acreditar na palavra dela. E bola para frente. A gente precisa unir o partido, e nesse momento estamos preocupados em defender a eleição dela no Senado", comentou.

Niuan também destacou a fidelidade partidária da senadora cassada e afirmou que, em sua visão, não tem razão para Selma não seguir as orientações do partido. Ele afirmou ainda que, por isso, não estaria "dando bola" para as acusações de Hélio.

A própria senadora também teria feito o mesmo comentário aos colegas partidários. "Reitero que meu apoio seguirá a orientação do meu líder no senado, Álvaro Dias", comentou Selma. 

Apoiadora de Jair Bolsonaro, a senadora teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 10 de dezembro passado, acusada de caixa dois e abuso de poder econômico. Apesar da decisão judicial, ela segue no Senado até que a casa finalize o rito do processo de cassação interno. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM), porém, destacou que a Mesa Diretora pode inclusive não acatar a decisão pela cassação.

Segundo Niuan, o partido articula para que essa seja a decisão dos integrantes da Mesa do Senado. Contudo, caso haja a vacância do cargo e a eleição suplementar, agendada para 26 de abril, aconteça, o partido deve lançar o deputado José Medeiros na disputa, ainda segundo Niuan.
 
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