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11/02/2020 às 08:37 | Atualizada: 11/02/2020 às 08:57

Mauro marca reunião com Defaz e Gaeco após receber relatório de CPI da Sonegação

Camilla Zeni

O governador Mauro Mendes (DEM) deve marcar uma reunião, ainda nesta semana, com Secretaria de Fazenda, Delegacia Fazendária (Defaz) e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). O objetivo é articular uma ação conjunta contra os sonegadores de impostos de Mato Grosso. 

A informação foi repassada à imprensa na tarde de segunda-feira (10), quando Mauro recebeu um relatório parcial da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal. 

Segundo o governador, a entrega do documento foi acordada durante reunião na CPI na semana passada, quando Mauro esteve na Assembleia Legislativa.

“Esse relatório traz dados bastante consistentes. Ele é muito denso, traz várias constatações de irregularidades feitas, principalmente no campo de sonegação de combustível”, avaliou. Ele lembrou que foram identificados mais de R$ 500 milhões sonegados por ano, apenas no setor de combustíveis. 

O governador também declarou guerra aos sonegadores e afirmou que todas as irregularidades terão desdobramentos e encaminhamentos por parte do governo. Ele deve pedir que técnicos da Secretaria de Fazenda analisem os documentos para chegar à origem da sonegação. 

“Ainda nesta semana irei chamar técnicos da Secretaria de Fazenda, membros do Gaeco, da Delegacia Fazendária... Todos os atores envolvidos para que possamos fazer uma verdadeira guerra contra sonegação no Estado de Mato Grosso. Eu disse e repito: sonegador não terá vida fácil em nosso estado”, garantiu.

Polêmica do ICMS
Durante coletiva na segunda-feira, Mauro tornou a falar sobre a polêmica do ICMS, protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro e os governadores estaduais.

A briga começou quando os estados pediram a isenção dos impostos federais sobre o combustível, ao que o presidente concordou, caso os estados também reduzissem sua alíquota do ICMS. 

Segundo Mauro, o ICMS representa 25% da receita do estado, o que tornaria inviável a proposta de Bolsonaro. Durante a tarde, o governador lançou à imprensa uma contraproposta: isenta o ICMS se o governo federal quitar todas as parcelas atrasadas do Auxílio de Fomento às Exportações (FEX). 

Para os membros da CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, porém, é possível reduzir a alíquota. A conta teria sido apresentada para o governador na tarde de segunda-feira também.
 
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