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12/02/2020 às 09:44 | Atualizada: 12/02/2020 às 10:16

Presos por morte de advogado divergem em depoimento e acusam um ao outro

Luzia Araújo e Camilla Zeni

Os dois homens presos pela morte do advogado Evandro Morales Fernandes, nessa terça-feira (11), divergiram durante o depoimento prestado à Polícia Civil.

Conforme o delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), os dois disseram que apenas dirigiam a motocicleta usada para o crime, enquanto o outro teria atirado contra a vítima.

O assassinato de Evandro aconteceu no dia 18 de fevereiro de 2018, há quase dois anos, no bairro Jardim Gramado, em Cuiabá. Ele foi encontrado morto ao lado de sua motocicleta, na rua lateral do Parque Estadual Zé Bolo Flô, junto de todos os seus pertences.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12), o delegado esclareceu que chegaram aos suspeitos depois que a perícia técnica comprovou que uma arma apreendida com eles teria sido a mesma usada no assassinato do advogado. 

Essa arma, segundo Marcel, foi roubada de uma empresa de segurança no estado de Goiás, em 2017, e apreendida cerca de duas horas depois do crime, em 2018. No entanto, não havia ligação com o fato, até então. Por isso, a dupla estava solta. 

De acordo com o delegado, os suspeitos usavam nomes falsos e fazem parte de uma associação criminosa que praticava cerca de 15 roubos por dia. As ações iram desde roubo a veículos até furto de celulares de pedestres. 

Até o momento a polícia não sabe informar a motivação do crime. Segundo o delegado, não há indícios de que os suspeitos conheciam a vítima, e não há comprovação se o crime aconteceu por latrocínio (roubo seguido de morte). A polícia também investiga a possibilidade de crime passional. 

"Estamos ainda apurando todos os fatos. Trata-se de situação um pouco complexa. Eles estão presos  e as investigações procedem com detalhes, com acareações", comentou o delegado.

Marcel também informou que outras delegacias especializadas poderão pedir o compartilhamento de provas à Justiça, caso sintam a necessidade de outras investigações. 

O delegado também destacou que a ficha criminal dos suspeitos é vasta e que eles devem permanecer presos.
 
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