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03/03/2020 às 08:23 | Atualizada: 03/03/2020 às 09:45

Vereador quer que Corregedoria investigue Paulo Prado por omissão sobre propina

Kamila Arruda

O depoimento do ex-governador Silval Barbosa junto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) promete ter desdobramentos. 

Diante das declarações do ex-gestor referente ao conhecimento do Ministério Público Estadual (MPE) sobre o esquema de pagamento de propina aos deputados estaduais, o vereador Diego Guimarães (PV) pediu que a CPI encaminhe o depoimento para a Corregedoria Geral do MPE e também ao Conselho Nacional do órgão.

Silval garantiu que recorreu ao Ministério Público para relatar a extorsão que sofreu dos parlamentares a época em que era governador do Estado, mas nenhuma providência foi tomada.

Por conta disso, o ex-chefe do Executivo Estadual afirma que foi obrigado a ceder a pressão e pagar propina aos deputados para garantir a execução das obras oriundas do programa MT Integrado e também referente à Copa do Mundo de 2014.

De acordo com ele, cada deputado estadual na época recebeu R$ 600 mil em parcelas de R$ 50 mil, para fazer vista grossa na fiscalização das obras.

Desta forma, a intenção em compartilhar o depoimento do ex-governador com as instituições visa apurar a conduta do ex-procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado.

“Apesar de não ser esse o objeto da CPI e, portanto, não vai constar no relatório, a Câmara não pode se omitir diante de fatos como esses. Por isso, pedimos que encaminhem as denúncias para os órgãos competentes, para que eles investiguem qual foi a conduta do procurador Paulo Prado e dos membros do MPE neste caso”, pontuou Diego Guimarães.

O pedido foi recebido pelos membros da CPI e deve ser deliberado na próximo reunião do grupo.
 
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