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04/03/2020 às 11:38 | Atualizada: 04/03/2020 às 12:20

Por maioria, CCJ vota por anulação e arquivamento da cassação de Abílio

Kamila Arruda

O vereador por Cuiabá, Wilson Kero Kero (PSL), relator do processo de cassação do vereador Abilio Júnior (PSC) na Comissão de Constituição, Justiça e Redação  (CCJ) da Câmara Municipal de Cuiabá, se posicionou pela anulação do processo com no que determina o Regimento Interno da Casa de Leis.  

O seu posicionamento foi apresentado na manhã desta quarta-feira (4), durante reunião ordinária da Comissão na Câmara.

De acordo com o parlamentar, foi detectado uma irregularidade no recebimento da representação que deu origem ao processo de cassação.

“Irregularidades insanáveis. A resolução que autorizou a abertura do processo não passou pela CCJ, como determina o Regimento Interno”, explicou.

O parecer deve ser analisado pelos demais membros da Comissão, os vereadores Lilo Pinheiro e Juca do Guarana ainda na reunião de hoje. Após isso, o relatório deve ser encaminhado à presidência da Casa de Leis, para que seja remetido ao crivo do plenário. 

Além  da questão referente a representação, o relator afirma ainda que não observou quebra de decoro por parte do vereador Abilio.

“Não encontrei nenhuma evidência que configurasse quebra de decoro. São atos atentatórios ao decoro e não incompatíveis ao decoro a aplicação da penalidade sensata e escrita”, disse.

Votos da comissão

Juca do Guaraná, membro da comissão, votou pela manutenção do relatório da Comissão de Ética e Decoro, que optou por cassar o mandato de Abílio. Segundo o vereador, seu voto seria "extremamente jurídico". 

Já o vereador 
Lilo Pinheiro, presidente da CCJ, votou conforme o relator, pela nulidade e pelo arquivamento do processo de cassação.

"Procurei presar o princípio da impessoalidade. A mesma postura dada ao vereadores Abilio seria dado a qualquer outro parlamentar que estivesse nesta situação. Respeitos os vereadores que nos antecederam nos atos desse processo. Não podemos deixar de registrar que o vereador Abilio tinha autonomia para abrir gaveta, ligar computador e o resultado de sua fiscalização resultou na prisão do secretário de saúde", disse.

Ao final, por maioria, a CCJ votou pela nulidade e pelo arquivamento do processo de cassação. O relatório segue, agora, para a presidência da Câmara analisar.
 
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