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10/03/2020 às 21:03 | Atualizada: 12/03/2020 às 13:50

Com discurso contra desigualdade social e a picaretagem, Pivetta é lançado candidato pelo PDT

Camilla Zeni e Alline Marques

Com apoio do MDB e PRB, o vice-governador Otaviano Pivetta foi lançado candidato ao Senado pelo PDT durante a convenção partidária que não contou com a participação muitas lideranças políticas. Ele chegou com duas horas de atraso e o evento foi mais tímido.

Dentre os presentes estavam o deputado federal Carlos Bezerra, presidente estadual do MDB, os deputados estaduais emedebistas Janaina Riva e dr. João, além do ex-deputado federal Adilton Sachetti, que é apontado como um dos suplentes da chapa. Com um discurso mais populista, de quem defende a reforma política no país, Pivetta se lançou como um candidato inconformado que vai lutar contra a desigualdade, o inchaço da máquina pública e atuará na defesa das pautas de interesse de Mato Grosso.

“Quero acabar com a picaretagem, via sacra de prefeitos indo a Brasília para arrumar recursos. Cansativas viagens sem resultados. Não aguentamos e não precisamos mais suportar isso. (...)Dizer que vamos fazer milagres? Não. Eu não vendo sonhos. Vendo a experiência de quem já ajudou a transformar solo inóspito em oportunidade para milhares de pessoas”, afirmou.  

Sobre a composição da chapa, Pivetta disse que o presidente do partido, Allan Kardec, está à frente das discussões. Apesar da confirmação do nome de Sachetti como suplente por parte dos aliados, inclusive, de Bezerra, o vice-governador ficou em cima do muro. Por outro lado, reconheceu a relação de amizade e respeito entre ambos. Chegou a lembrando que iniciou na agriculta por causa do colega.

Sachetti revelou que tinha a intenção de ser candidato na eleição suplementar, mas, assim que soube da intenção de Pivetta, voltou atrás. Ele contou que quando foi eleito deputado federal, decidiu concorrer de última hora e que Pivetta foi um dos primeiros a apoia-lo.

Outro reconhecimento foi à Janaina Riva, que segundo ele, foi uma das primeiras a apoia-lo nessa corrida para o Senado, assim como o deputado dr. João. A deputada destacou ainda que o apoio do MDB foi construído ao longo desse um ano de mandato do Pivetta, foi uma aliança construída de maneira muito natural.

Sobre a polarização da política atualmente, Pivetta já avisou que não pretende ingressar nessa questão. "Esse discurso ideológico eu não quero nem aprender a fazer, porque sinceramente não me interessa. Eu vejo em Mato Grosso três milhões de pessoas que querem mudar de vida, fazer desse território uma terra de paz e harmonia, progresso e desenvolvimento. E é a favor desses objetivos que quero trabalhar", declarou.

As conversas com outros partidos devem continuar pelos próximos dois dias, até o término das convenções para a formação da chapa. Dentre as siglas que o PDT tem se aproximado estão o PV e PSB, que já anunciaram que andarão juntos nesta eleição. Especula-se inclusive, que a esposa do deputado Max Russi (PSB), Andréa Wagner, possa ser indicada como suplente.

O presidente da sigla alega que gostaria que fosse uma mulher da baixada cuiabana, mas não descarta outras possibilidades.
 
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