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12/03/2020 às 11:05 | Atualizada: 12/03/2020 às 13:48

Gisela é confirmada pro Senado e revela oferta de dinheiro para desistir

Reportagem Local: Camilla Zeni / Da Redação: Alline Marques

A superintendente do Procon, Gisela Simona (Pros), revelou ter recebido propostas "não republicanas" para desistir da campanha ou até para ser suplente de outros candidatos. Desde oferecimento de dinheiro, cargos e até apoio para a eleição municipal tentaram negociar para tirá-la do pleito para o Senado. Gisela, porém, se manteve na disputa e teve o nome oficializado em convenção realizada na manhã desta quinta-feira (12) pelo Pros.

“[Fui] muito pressionada. O tempo todo pressionada por quase 100% dos candidatos ou para que deixássemos de concorrer ou para compor suplência, seja com dinheiro, proposta indecente, com cargos, mas é assim que mostramos nosso compromisso com a sociedade de Mato Grosso, mantendo nossa candidatura", revelou à imprensa.

Conforme a candidata, as propostas continuaram sendo feitas até mesmo na madrugada desta quinta-feira, véspera da convenção do Pros. 

"tentaram nos tirar do processo, nos isolar, mas felizmente o Pros tem base. Independentemente de estrutura de campanha e financeiro, temos base e o povo está do nosso lado. Com essa certeza que vamos enfrentar esta campanha”, afirmou.  

Para ela a pressão tem o objetivo de tirar uma candidatura que seja de uma representação popular. Ela informou que só anunciaria as suplências durante a convenção para evitar que elas fossem cooptados pelos demais candidatos, como ocorreram em outro momento.

“Nossas conversações foram as melhores que podiam ser feitas, mas o jogo é pesado e sujo. Infelizmente, e por conta disso, todas boas lideranças, você vê ,os outros partidos estão tentando tirar de nós. Por isso a importância de divulgar na hora da convenção, para não ser passado para trás”, contou.

Gisela se lançou contra os barões do agronegócio, com um discurso popular, em defesa do interesse da sociedade. Falou sobre a desigualdade social num estado que concentra a riqueza em 1,5 mil pessoas, enquanto outras três milhões vivem marginalizadas.

“O desafio não será pequeno. Será uma luta de gigantes, mas eu sou a única representante do povo. Esta é a maior bandeira do Pros: ter uma representação que de fato é popular. A riqueza vai toda para o agronegócio, por isso a importância de termos representação nos municípios que estão cada vez mais pobre”, declarou. 
 
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