Emanuel diz que discurso de Bolsonaro causa insegurança
Kamila Arruda
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não repercutiu bem na Capital. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) evitou tecer críticas ao chefe da República, mas garantiu que as medidas emergenciais continuarão em vigor no município.
Para ele, neste momento “cuidar e proteger é uma necessidade”. “Recebo com muita angustia, mas sigo determinado das minhas ações. Cuidar e proteger é uma necessidade. Momentaneamente a situação é muito grave. Eu não gostaria de fazer restrição nenhuma, não proibir comércio, não vetar o transporte público, mas agora o que está em risco e à saúde da população, principalmente, dos grupos de riscos (idosos)”, disse o emedebista.
As declarações do chefe do Executivo Municipal é reflexo do pronunciamento feito pelo presidente na noite desta terça-feira (24). Na oportunidade, Bolsonaro criticou as duras medidas de isolamento e quarentena, adotados por diversos estados e municípios para o combate ao Coronavírus (COVID-19).
Diante disso, Pinheiro acredita que o presidente está gerando insegurança na população, uma vez que está indo em direção contrária às recomendações feitas pelo próprio Ministério da Saúe, e também pela Organização Mundial de Saúde.
“Eu respeito à visão, mas defendo um diálogo maior. A OMS aponta uma direção e o presidente vai por outro. Isso deixa a população insegura, as autoridades ficam perplexas, mas nós vamos seguir os protocolos de segurança para evitar à disseminação do Coronavírus. Vamos continuar cumprindo as orientações dos técnicos da saúde”, garantiu.
O prefeito defende maior diálogo com o chefe da República, e lembra que está tomando medidas duras, mas necessárias. “O mundo caminha seguindo essas orientações, a que garantem o isolamento social, como é preconizado pelo Ministério da Saúde, pela Organização Mundial de Saúde. Trabalhamos seguindo essas orientações, inclusive de técnicos que integram a força-tarefa instituída pelo Ministro da Saúde. Tudo é temporário, mas para cuidar dos mais carentes e proteger a vida da população”, completou.
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