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28/03/2020 às 08:46 | Atualizada: 28/03/2020 às 08:47

Fagundes diz que momento não é de impeachment, mas diz que presidente tem que moderar e respeitar equipe

Alline Marques

Desde o quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, em rede nacional, que as pessoas voltassem para as ruas apesar da pandemia do coronavírus, cresceu os rumores sobre um possível impeachment, no entanto, o senador Wellington Fagundes (PL) acredita que não é o momento de afastá-lo, mas também reconheceu que há exageros no discurso e disse que o chefe da República precisa moderar, além de seguir as orientações do próprio Ministério da Saúde.

Para Fagundes, o processo de impeachment neste momento traria consequências graves, além de ser um processo traumático e demorado. O parlamentar, inclusive, já participou dos processos contra Fernando Collor e Dilma Roussef.

“Este é um momento de diálogo. O presidente precisa moderar, claro. Ele tomou posição porque o Trump fez a mesma convocação de que precisa cuidar da economia, mas estamos há três a quatro semanas distante dos outros países, então temos que aprender com os erros deles para que o que está acontecendo lá não seja a mesma coisa que ocorrerá em Mato Grosso”.

Wellington ainda reforçou que o presidente precisa dar apoio à sua equipe e não desautorizar como fez em rede nacional na quarta-feira (25). “Tem que se manter o equilíbrio. Ele tem um ministro competente e ele já falou em demissão. Este não é o momento”.

Ele defendeu o isolamento, mas ressaltou a importância de se manter o abastecimento. O senador preferiu também não polemizar sobre as divergências entre o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá. Ele defendeu apenas que as medidas sejam unificadas e tenham bom senso para se manter setores essenciais em funcionamento. “Não pode ser tomada medida drástica e parar o caminhoneiro”, exemplificou.

Para o parlamentar, este não é o momento de disputa política e sim de cuidar das pessoas. Mas pontuou que o atual governo é ideológico e coloca isso acima das coisas, por isso, acaba sendo em muitos casos radical, mas ainda assim elogiou o ministro de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e a equipe do órgão por agir tecnicamente.
 
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