Imprimir

Imprimir Notícia

01/04/2020 às 15:24 | Atualizada: 01/04/2020 às 16:24

Quatro profissionais da Saúde têm suspeita de coronavírus; dois estão na UTI

Camilla Zeni

Três enfermeiros e um técnico em enfermagem de Mato Grosso apresentaram sintomas de infecção pelo novo coronavírus nos últimos dias, segundo o Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Desses, dois demandam cuidados e estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Apesar do caso, que é uma preocupação de diversos profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia, o presidente do Coren, Antônio César Ribeiro, acredita que é pouco provável que o contágio dos trabalhadores tenha acontecido no ambiente profissional.

Ribeiro destacou que três enfermeiros atuam no mesmo Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps) 3 Adauto Botelho, sendo que o primeiro caso foi identificado em um homem, que está em estado grave na UTI. 

Contudo, no local estariam internados apenas seis pacientes, o que possibilitou reduzir a equipe de trabalho. A diminuição da circulação de pessoas no local leva a crer que a primeira infecção aconteceu fora do espaço. 

Ribeiro também não acredita ser possível afirmar quem transmitiu o vírus primeiro, já que algumas pessoas podem ter sido infectadas e não terem apresentado sintomas. De qualquer forma, toda a unidade já teria sido colocada em quarentena, sendo que os trabalhadores que estiveram em contato com os enfermeiros doentes foram enviados para casa. 

Em coletiva de imprensa na terça-feira (31), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, reconheceu o contágio de um dos enfermeiros.

“Eu não tenho, no registro de todos os casos, a profissão, a atividade. Mas tenho ciência de que pelo menos um profissional da Saúde está dentro dos casos confirmados”, limitou-se a informar.

Segundo familiares, o estado de saúde do enfermeiro é grave mas com grandes chances de melhora. Um boletim médico deve ser emitido até o fim desta tarde.

Ribeiro informou que acompanha o caso de todos os profissionais hospitalizados e que tem fiscalizado as unidades de Saúde para garantir a segurança dos profissionais da área. Ele ainda afirma que não há razão para pânico por parte dos profissionais da Saúde, principalmente porque não há grandes probabilidades de que os casos envolvendo os enfermeiros e o técnico tenham sido contraídos no ambiente hospitalar.

O presidente ressaltou, inclusive, que, nesta semana o número de denúncias por falta de equipamentos de proteção individual, por exemplo, diminuiu, o que já seria um reflexo das cobranças feitas às autoridades e estabelecimentos.
 
 Imprimir