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13/04/2020 às 14:02

Emanuel aguarda relatório para decidir sobre rodízio de carros e toque de recolher

Camilla Zeni

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deve receber nesta segunda-feira (13) um relatório técnico para decidir se vai ou não aderir à implantação de rodízio de veículos e toque de recolher para a população. 

De acordo com o prefeito, a medida pode ser tomada diante do considerável aumento no número de pessoas que circulam pelas ruas da capital desde a última semana. “Nesse meio que ‘liberou geral’, vimos um aumento muito grande na circulação de veículos”, justificou à CNN, em entrevista no último sábado (11). 

Conforme o prefeito, para tentar mitigar o aumento de circulação de pessoas em carros próprios, houve a mudança no esquema de transporte público, sendo que, agora, os profissionais da saúde terão ônibus exclusivo e há fiscalização na região central sobre quem pode ou não subir nos veículos. Para tanto, seria necessário confirmar que o cidadão faz tarde de um serviço essencial e que está em funcionamento.

À CNN, Emanuel revelou queda de 85% no movimento do transporte coletivo. Segundo ele, o número de passageiros era de 210 mil por dia. Contudo, após o novo decreto, o movimento caiu para até 30 mil pessoas. Segundo ele, esse número está dentro do esperado, considerando os trabalhadores dos serviços essenciais.

“Eu receberei um relatório e ele vai me dizer se vai ser necessário um rodízio de veículos para conter a proliferação de veículos e o número circulando na cidade ou não. Da mesma forma a equipe vai me dar dados técnicos para decidir como estão alguns bairros de Cuiabá”, declarou o prefeito.

Ainda conforme o gestor, caso haja a necessidade de implantação de toque de recolher para a população, a medida poderá funcionar por bairros e regiões, já que, segundo monitoramento da prefeitura, há algumas localidades com movimentação mais intensa que as outras.

A reunião com o Comitê de Situação também está marcada para a tarde desta segunda-feira. Entre as discussões está também a possibilidade de implantar uma barreira sanitária com o município de Várzea Grande, onde a prefeita Lucimar Campos (DEM) liberou o retorno do comércio e ocasionou um crescimento exponencial de pessoas em circulação.

Em coletiva de imprensa nesta manhã, o secretário de saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, criticou a liberação do comércio geral em Várzea Grande e o retorno de bares e restaurantes em Chapada dos Guimarães (70 km da Capital). Segundo ele, o impacto dessas medidas deve recair justamente sobre Cuiabá.

Ele recomendou que os municípios conversem entre si antes de adotarem ações sobre o tema.
 
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