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20/04/2020 às 08:00

Restaurantes e bares sofrem redução de 84% na arrecadação durante quarentena

Edyeverson Hilario

Faltando menos de uma semana para completar um mês de quarentena, proprietários de restaurantes e bares ainda tentam achar uma maneira de diminuir o prejuízo causado pelo fechamento dos comércios em Cuiabá. A soma real do prejuízo ainda não foi calculada pela maioria desses comerciantes, mas já é percebido uma queda de mais de 84% na arrecadação, no caso dos que estão trabalhando com delivery. Dessa forma, metade dos restaurantes e bares beiram a falência.
 
O decreto que determinou o fechamento do comércio passou a valer no dia 23 de março. Desde então, os restaurantes e bares não puderam abrir suas portas. Por isso, alguns passaram a atender em delivery. Apesar dessa alternativa, “os restaurantes que melhor vendem tem alcançado apenas 16% do que tinha antes da pandemia”, diz o tesoureiro do Sindicato dos Hotéis Restaurantes Bares e Similares (SHRBS), Eliseu Batista de Freitas.
 
Eliseu relata que com a queda brusca na arrecadação, os estabelecimentos que já estavam com dificuldades financeiras antes da pandemia, agora estão em vias de irem à falência e se o quadro “durar por 90 dias, 50% dos bares e restaurantes podem não abrir, acredito”. Segundo ele, os empresários imaginam que o movimento volte ao normal apenas em agosto.
 
Apesar de ainda não terem dados concretos sobre o montante “perdido”, o Sindicato relata que muitos restaurantes tiveram queda de 100% na arrecadação, por não trabalharem com delivery.
 
Demissões
 
Segundo Eliseu, só na última semana a maioria dos donos de restaurantes e bares começaram a tomar providências sobre o que fazer com os funcionários. Pois, “estavam aguardando a Medida Provisória (MP) do governo”.
 
Ele avalia que a MP “vai conseguir diminuir um pouco o número de rescisões, contudo, alguns já tiveram que demitir”, relata.

Alguns dos que permaneceram com os colaboradores, “optaram pela redução da jornada de trabalho, por estar trabalhando só com delivery. Outros fizeram a suspensão temporária de contrato de trabalho”, explica.
 
O representante do setor ainda contou que para não precisar demitir, muitos empreendedores estão adiantando as férias dos funcionários.
 
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