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30/04/2020 às 11:11 | Atualizada: 30/04/2020 às 13:16

Ignorado após saída de Mandetta, governo se reúne com novo ministro: ‘cardápio de demandas’

Camilla Zeni

Desde a saída do ex-ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, no dia 16 de abril, o governo de Mato Grosso ficou deixado de lado pela Pasta que enfrenta uma das maiores crises desse ano. Lutando contra uma pandemia, o Estado acumulou um “cardápio de demandas”, que deve ser exposto em reunião nesta quinta-feira (30) com o novo ministro, Nelson Teich.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, essa vai ser a primeira reunião do governo com o novo chefe da Saúde, e cobranças serão feitas. O governo quer que o Ministério da Saúde libere a entrega de equipamentos que foram comprados para combate à pandemia do novo coronavírus, como respiradores mecânicos, que são hoje a maior demanda no Brasil.

Atualmente, em razão da crise provocada pela doença, que é altamente contagiosa, o Ministério da Saúde fez o recolhimento compulsório dos equipamentos produzidos no Brasil. O objetivo é que a Pasta faça o gerenciamento dos itens e os distribua para os estados que mais precisarem deles. 

Conforme a última atualização do cenário do vírus, feita nessa quarta-feira (29), o Estado com maior dificuldade é São Paulo, com mais de 26 mil pessoas infectadas e 2.247 mortos. Depois, o Rio de Janeiro, com 8,8 mil infectados e 794 óbitos registrados. 

Fora do Sudeste, que contabiliza 49,8% dos casos de coronavírus, o Amazonas também tem chamado a atenção. Por lá são 4,8 mil infectados e 380 mortes. Em Mato Grosso, porém, a situação é mais “controlada”, sendo 292 casos confirmados de infecção e 11 mortes. 

Com esse cenário, Mato Grosso quase não recebe recursos do governo federal. Quando o Ministério enviou 40 milhões de equipamentos de proteção, por exemplo, o Estado recebeu menos de 1% dos itens.

A dificuldade de diálogo, porém, não é exclusiva de Mato Grosso. Segundo o secretário de Saúde, que também é vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nenhum dos secretários estava conseguindo acesso a Nelson Teich. 

“Não há como enfrentar uma pandemia sem que o Sistema Único de Saúde esteja sendo ouvido por aqueles que estão na ponta das operações”, avaliou Gilberto.
 
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