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06/05/2020 às 11:33 | Atualizada: 06/05/2020 às 11:35

Riva e irmão do prefeito são convocados para depor na CPI do Paletó

Kamila Arruda

O ex-deputado José Riva e o empresário Marcos Polo, “Popó”, foram convocados para prestar depoimento junto à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, instaurada na Câmara de Cuiabá para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A convocação foi aprovada pelos membros da CPI durante reunião ordinária realizada na manhã desta quarta-feira (6).

Além deles, também foram convocados o perito judicial Alexandre Peres e Cleverson “Coxinha”, apontado como a ponte entre o diálogo do ex-secretário Alan Zanatta e o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio César Correa, quando ele ainda estava preso.

As convocações do perito e de Coxinha foram aprovadas por unanimidade. Já a do ex-parlamentar e do irmão do prefeito, o Popó, tiveram voto contrário do vereador Toninho de Souza (PSD), relator do processo. 

O social democrata classificou como “desnecessário” o depoimento de ambos, alegando que eles não irão contribuir com as investigações, levando em considerações os dois objetos principais que é a suspeita de recebimento de propina e a suposta obstrução de justiça por parte de Pinheiro.

A convocação de Riva teve como embasamento o depoimento prestado pelo ex-governador Silval Barbosa junto à CPI. O ex-gestor compareceu ao Legislativo Municipal no início do ano e, na oportunidade, revelou que pagava mensalinho aos deputados estaduais a época que ele respondia pelo Palácio Paiaguás, e que o ex-parlamentar poderia dar mais detalhes sobre o assunto.

Já Popó foi convocado porque o prefeito alegou que o dinheiro que ele recebeu das mãos de Silvio Cesar Correa, o qual foi gravado em vídeo, era pagamento de uma pesquisa eleitoral contratada pelo governo a empresa de seu irmão.

Conforme o presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (DEM) as datas dos depoimentos deverão ser marcadas ainda essa semana. “Vamos definir as datas e expedir as convocações ainda esta semana para dar celeridade aos trabalhos”, pontuou.

Os membros da CPI ainda aprovaram o convite ao chefe do Executivo Municipal, para que ele possa se defender e esclarecer os fatos pessoalmente junto a Comissão. Contudo, como ele possui prerrogativa de foro, ele pode ou não comparecer.

Além disso, foram aprovados a juntada dos documentos que haviam sido colhido pela formação anterior da CPI. Com isso, os membros poderão aproveitar uma série de documentos na investigação.

A Comissão ainda irá notificar os órgãos de controle para que forneça informações atualizadas sobre as investigações relacionadas ao fato. O vereador Toninho queria que os trabalhos da CPI fossem paralisados até o recebimento desses documentos, mas ele foi voto vencido, pois Bussiki e o vereador Sargento Joelson (PP) votaram contra a medida.
 
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